quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tabagismo e Gestação

A gestação é um momento muito especial para a mulher. Planos, desejos e sonhos já vão sendo criados para o pequeno ser que virá ao mundo.

Inseguranças e questionamentos também surgem:
‘Será que o parto ocorrerá tranquilo?’,
‘Será que vai nascer com saúde?’,
‘Como será seu rostinho?’.

Enfim, toda mãe se preocupa com que o filho nasça bem e saudável. Estas e outras preocupações fazem da gestação o momento propício para repensar o hábito de fumar. Uma gestação sem cigarro traz benefícios em dobro, para a mãe e o bebê. Segundo pesquisas, as gestantes são o grupo da população que apresenta os melhores resultados e melhor relação custo-efetividade na cessação do tabagismo.


Benefícios para a mãe e o bebê

Hoje muitos sabem dos pontos negativos do uso de cigarro, porém poucos sabem que os benefícios de uma vida sem o cigarro são imensos.

1. Já nos primeiros 20 minutos sem fumar a frequência cardíaca se aproxima do normal,
2. Os níveis de monóxido de carbono voltam ao normal em 12 horas e
3. Em 5 dias a maior parte de nicotina já é eliminada pelo corpo.
4. No período de 2 semanas até 3 meses a circulação e a respiração melhoram, tornando a pessoa mais ativa e disposta.

Com a mãe livre do cigarro, aumentam as chances do bebê nascer com o peso normal. O pulmão da criança terá um desenvolvimento funcional sem alterações, reduzindo as chances de apresentar no futuro doenças respiratórias, como asma e bronquite, assim como reduz muito o risco de doenças cardíacas. Também o desenvolvimento neurológico, cognitivo e psico-motor serão mais saudáveis. Outro benefício para a mãe, é que ela perceberá uma melhora no paladar e no olfato. Também evitará passar nicotina pelo leite para criança durante a amamentação.

ATENÇÃO

Vale lembrar que pais fumantes ou outros que fumam e convivem no mesmo ambiente (casa e trabalho) que a gestante devem estar cientes dos riscos do tabagismo passivo, pois a fumaça do cigarro contém substâncias tóxicas que são absorvidas pela gestante e passam pelo sangue para o bebê.

Tratamento 

Algumas gestantes param de fumar espontaneamente assim que recebem a notícia da gravidez, motivadas a proteger o bebê. Entretanto, muitas permanecem fumando ou fracassam em suas tentativas de parar, por não se sentirem confiantes ou preparadas para isto. E há aquelas que aumentam o uso do cigarro, porque muitas vezes fumar reduz o estresse e, em algumas circunstâncias, a gestação pode ser um fator de estresse. Neste momento o aconselhamento e o suporte de um profissional de saúde especializado neste tratamento se tornam indispensáveis.

Sabe-se que intervenções no início da gestação com abordagens breves, claras e objetivas motivam a gestante a pensar sobre o hábito de fumar e são efetivas para o abandono do cigarro.

Há eficácia comprovada de uso medicações e TRN (terapia de reposição de nicotina) juntamente com tratamento psicoterápico na cessação do tabagismo. Nas gestantes, o uso de farmacoterapias deve ser avaliado pelo médico especializado caso a caso.

Atualmente, as abordagens psicoterápicas da Entrevista Motivacional e da Terapia Cognitivo Comportamental são as que demonstram maiores índices de sucesso no tratamento do tabagismo. O tratamento pode ser realizado em grupo ou individualmente, com tempo determinado e com o objetivo de fornecer informações e estratégias necessárias para lidar com os obstáculos encontrados pelas pessoas que querem parar de fumar.

Fortalecer a auto confiança e ajudar as gestantes em prol de uma vida sem cigarro, é a certeza de uma gravidez mais tranquila e  de um bebê com crescimento saudável.


Fonte: Help saúde

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Livre-se da gordura no fígado

Cerca de 20% dos brasileiros sofrem com a esteatose hepática. Aprenda sete estratégias à mesa que ajudam o órgão a perder a gordura.

´Ele é o grande vilão da história´, define a nutricionista Luciana de Carvalho, do departamento de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo.  

Maneire no carboidrato

´Ele é o grande vilão da história´, define a nutricionista Luciana de Carvalho, do departamento de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo. "Isso não significa que pães e massas devam ser abolidos do dia a dia", esclarece a especialista. "Mas é preciso consumi-los com moderação."

Quem se abarrota de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados leva para dentro do organismo um batalhão de gorduras saturada e trans. Daí, a silhueta e, claro, o fígado engordam.

Cuidado com algumas gorduras

Quem se abarrota de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados leva para dentro do organismo um batalhão de gorduras saturada e trans. Daí, a silhueta e, claro, o fígado engordam.

A aveia, o farelo de trigo, as massas integrais, as frutas e as verduras são exemplos de fontes dessas substâncias que se revelam grandes aliadas de um fígado em forma. 

Invista nas fibras

A aveia, o farelo de trigo, as massas integrais, as frutas e as verduras são exemplos de fontes dessas substâncias que se revelam grandes aliadas de um fígado em forma.

Estamos falando dos ácidos graxos monoinsaturados e dos parceiros polinsaturados. Com o perdão dos palavrões, são essas as gorduras que merecem respeito porque ajudam o fígado emagrecer. 

Aposte nas gorduras do bem

Estamos falando dos ácidos graxos monoinsaturados e dos parceiros polinsaturados. Com o perdão dos palavrões, são essas as gorduras que merecem respeito porque ajudam o fígado emagrecer.

Ícones de qualquer alimentação balanceada, os vegetais são os principais reservatórios das substâncias que enfrentam os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo - e o fígado. 

Conte com eles: os antioxidantes

Ícones de qualquer alimentação balanceada, os vegetais são os principais reservatórios das substâncias que enfrentam os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo - e o fígado.

Eis um assunto que merece bastante cautela. Quando o fígado engorda mas ainda não se tornou refém inflamações - só nesses casos -, pode-se tomar até uma taça de vinho tinto (de 100 a 200 mililitros) por dia. 

Atenção ao álcool

Eis um assunto que merece bastante cautela. Quando o fígado engorda mas ainda não se tornou refém inflamações - só nesses casos -, pode-se tomar até uma taça de vinho tinto (de 100 a 200 mililitros) por dia.

Perca peso, mas vá devagar É necessário manter o rigor - aliando a dieta à prática de exercícios físicos - para emagrecer, mas é loucura tentar mandar para o espaço quilos e quilos num curto espaço de tempo. 

Perca peso, mas vá devagar

Perca peso, mas vá devagar É necessário manter o rigor - aliando a dieta à prática de exercícios físicos - para emagrecer, mas é loucura tentar mandar para o espaço quilos e quilos num curto espaço de tempo.

Fonte: Revista saúd, editora abril

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ginkgo biloba tem poder

Pesquisas alimentam a esperança de que a planta do Oriente previna (e ataque) tumores no ovário, na mama, no cérebro e no fígado. Com o seu extrato por perto, as células malignas se autodestroem.


Nome Científico: Ginkgo biloba L.
Nome popular: Nogueira-do-japão
Origem: Extremo Oriente
Aspecto: As folhas se dispõem em leque e são semelhantes ao trevo. A altura da árvore pode chegar a 40 metros. O fruto lembra uma ameixa e contém uma noz que pode ser assada e comida


A ginkgo biloba foi a primeira planta a brotar após a destruição provocada pela bomba atômica na cidade de Hiroshima, no Japão


A ginkgo já é famosa por suas façanhas. O extrato obtido de suas folhas comprovadamente reduz as tonturas, refresca a memória, alivia as dores nas pernas e nos braços e acaba com o zumbido no ouvido. Por tudo isso ela arrebanhou uma vasta clientela, composta na maior parte por idosos. Mas suspeita-se que o poder dessa planta de folhas de formato de leque vá além. Estudos realizados em laboratório e com seres humanos sugerem sua capacidade de prevenir e atacar tumores — mais um importante item que se acrescenta ao seu currículo.


Uma das pesquisas que obtiveram resultados mais estrondosos foi concluída no final do ano passado. Ao todo, 1 388 mulheres foram acompanhadas por seis meses. Todas relataram tomar algum tipo de remédio fitoterápico — equinácea, ervade- são-joão, ginseng e ginkgo. As que ingeriram esta última diariamente tiveram uma incidência 60% menor de tumores de ovário. Para entender o que estava ocorrendo, os surpresos cientistas levaram a ginkgo para dentro do laboratório. Lá misturaram o extrato da planta a culturas de células de ovário cancerosas. Bastou uma pequena dose para que o crescimento delas fosse reduzido em 80%.


ESTUDO PIONEIRO

Foi a primeira vez que se vislumbrou uma relação entre a ginkgo e o combate ao câncer de ovário. "Como o nosso estudo é pioneiro, as conclusões precisam ser confirmadas por novos trabalhos", disse à SAÚDE! Daniel Cramer, diretor de Obstetrícia e Ginecologia Epidemiológica do Brigham and Women`s Hospital, ligado à Escola Médica Harvard, nos Estados Unidos. "Até que outras investigações sejam feitas, acredito que mulheres com mais de 50 anos e histórico familiar de câncer de ovário deveriam considerar tomar ginkgo", diz ele.


Quando se fala em tumores em geral, o relatório de Cramer não é tão inovador assim. Mais de 50 estudos sobre ginkgo e câncer já foram catalogados. Em 2002 uma pesquisa conduzida pelo grego Vassilios Papadopoulos mostrou em laboratório e em testes clínicos que a ginkgo inibe o crescimento agressivo de tumores de mama. Também existem trabalhos sobre câncer cerebral e de fígado. "Essa já não é uma área de pesquisa em sua infância", diz Nise Yamaguchi, pesquisadora da USP e vice- presidente do Núcleo de Apoio ao Paciente com Câncer, em São Paulo. "Já existem muitos estudos consistentes. E com conclusões parecidas."


A maneira como a ginkgo e seus componentes agem em escala celular ainda não foi totalmente decifrada, mas há algumas hipóteses. "Talvez a planta esteja envolvida com a habilidade do organismo de causar apoptose, a morte programada de células defeituosas", diz Cramer (veja infográfico na próxima página). Outras estratégias descritas em diferentes trabalhos são sua habilidade para inibir os vasos que alimentam o câncer e sua capacidade de evitar danos ao DNA. Esses efeitos são obtidos por meio da ação de duas substâncias, os terpenóides e os bioflavonóides. Os primeiros viraram objeto de estudo mais recentemente. Os bioflavonóides, contudo, são conhecidos de longa data. Agem como antioxidantes, combatendo os radicais livres e impedindo o envelhecimento. Ambos fazem parte do mesmo extrato, o EGb 761 — matéria-prima dos comprimidos vendidos em farmácias.


O comprimido de ginkgo biloba desencadeia diversas reações que vão desde os pés até os ouvidos. Os vasos sangüíneos se dilatam e o sangue fica menos viscoso (mais "fino", como se diz). Assim, corre mais rápido, com mais facilidade, e alcança melhor os lugares mais distantes do coração. O labirinto, estrutura que pertence ao ouvido, passa a ser mais bem irrigado e oxigenado, o que ajuda a acabar com tonturas e zumbidos. As áreas do cérebro responsáveis pela memória e pelo raciocínio ficam mais despertas. O fluxo mais intenso também acaba com as dores nos braços e nas pernas, comuns na terceira idade. "A ginkgo produz muitos resultados e por isso divide com a ervade- são-joão o título de planta mais estudada na atualidade", afirma João Batista Calixto, professor de farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autoridade brasileira em medicamentos fitoterápicos.


Entre todas as benesses creditadas à planta, uma passou a ser questionada recentemente. É a que se refere à contribuição da ginkgo aos pacientes com Alzheimer. "Possivelmente o benefício seja alcançado apenas se a droga for utilizada de forma preventiva, anos antes do início da doença", diz Orestes Forlenza, psiquiatra e pesquisador do Laboratório de Neurociências da Universidade de São Paulo. "Os estudos clínicos da ginkgo para o tratamento de demências não demonstraram vantagens consistentes, possivelmente porque já era tarde demais e o tamanho do efeito era muito pequeno para modificar o curso clínico", explica o pesquisador, que fez uma revisão da literatura médica sobre o assunto.


São raros os casos de efeitos colaterais advindos da ingestão de ginkgo, mas não se pode ignorá-los. O remédio possui tarja vermelha e só pode ser vendido com receita médica (a dose máxima recomendada é de 240 mg/dia). Esse cuidado existe porque, ao dilatar os vasos sangüíneos, a ginkgo pode provocar enxaqueca e aumentar a sensibilidade da pele, causando alergias. Esse problema é maior nas cápsulas de pó macerado e nas folhas para chá, vendidas em lojas de produtos naturais. Além de ter a eficiência questionada (veja o quadro na próxima página), elas possuem grandes quantidades de um ácido capaz de irritar a pele. Ao afinar o sangue, a planta também pode causar sangramentos (antes de submeter um paciente a cirurgia, os médicos costumam pedir que cesse a ingestão do comprimido). Na bula do medicamento há ainda advertências com relação a distúrbios gastrointestinas e queda de pressão arterial. "A ginkgo é uma planta segura, mas deve ser usada com cautela", resume o americano Daniel Cramer.


MORTE PROGRAMADANa presença da ginkgo, as células malignas se autodestroem
1 - PROCESSO NORMALQuando alguma célula se danifica, sofre radiação ou infecção, o organismo envia uma ordem para que ela se autodestrua. Esse processo é chamado de apoptose.
2 - CÉLULAS TUMORAIS
De vez em quando surgem células malignas que podem se multiplicar desordenadamente. O corpo manda a mesma ordem de implosão, mas elas não obedecem.
3 - COM GINKGO
Na presença da ginkgo, as células tumorais ficam menos "teimosas". Quando a
mensagem chega, a célula pode ter a membrana rompida. Os restos são comidos
por fagócitos, defensores do corpo.

O QUE JÁ SE COMPROVOU? Dos muitos benefícios atribuídos à ginkgo, alguns foram validados pela literatura científica e outros, desacreditados
ZUMBIDOS NO OUVIDO E TONTURASão os principais chamarizes da planta. Ao aumentar a circulação no labirinto, estrutura interna do ouvido, a ginkgo diminui zumbidos e melhora a sensação de equilíbrio.
DORES EM BRAÇOS E PERNAS
Os benefícios do extrato para a circulação se refletem na melhor irrigação das áreas mais distantes do coração, o que alivia as dores nos membros.
ENVELHECIMENTO
Seus bioflavonóides são antioxidantes que combatem os radicais livres e evitam danos às células, acumulados com a idade.
CÂNCER DE OVÁRIOUm estudo publicado em outubro de 2005 mostrou que a incidência desses tumores diminuiu entre 60% e 70% nas mulheres que ingeriram comprimidos com extrato de ginkgo.
CÂNCER DE MAMA
Testes preliminares em laboratórios e estudos clínicos publicados em 2002 indicaram que o extrato das folhas pode inibir a proliferação agressiva de tumores de mama.
MEMÓRIA
A Organização Mundial da Saúde considera que a ginkgo melhora a capacidade de memória e de aprendizado, mas estudos recentes começam a pôr em dúvida se o efeito persiste no longo prazo.
ALZHEIMERA ginkgo já foi aprovada em alguns países para ajudar na prevenção dessa doença. Contudo, novos testes não mostraram benefícios consistentes quando o mal já está instalado.
COMPROVADO EM TESTE CONTESTADO


ALENTO EM CHERNOBYLEm 1986 a usina nuclear de Chernobyl, na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, sofreu uma forte explosão de vapor seguida de incêndio. Mais de 200 mil pessoas tiveram de ser transferidas para evitar os efeitos da radiação. Um estudo publicado em 1995 ministrou extrato de ginkgo para 30 trabalhadores que estavam na área do acidente. Por dois meses eles tomaram três comprimidos de 40 mg. Ao final, a ginkgo reduziu os efeitos colaterais provocados pelas radiações excessivas e diminuiu o número de porções alteradas no DNA desses homens.

PRODUÇÃO GLOBAL

O extrato usado nos comprimidos viaja pelo mundo antes de chegar às prateleiras das farmácias. Em geral, as árvores são cultivadas na região de Bordeaux, na França, e na Carolina do Sul, nos Estados Unidos — tidas como as mais adequadas para o cultivo da planta. Depois de colhidas, as folhas são enviadas à Irlanda para serem extraídas. Em seguida a matéria-prima é exportada para vários países (o Brasil é um deles) onde os comprimidos são feitos e embalados.


DÁ PARA CONFIAR?
Nas farmácias brasileiras, os comprimidos de extrato de ginkgo vendidos só com receita médica competem com cápsulas de pó moído e folhas, em embalagens expostas nas prateleiras ao alcance do consumidor. Muita gente relata efeitos benéficos advindos dessas fórmulas alternativas. Mas seriam elas tão eficazes quanto os comprimidos? A resposta é não. Pesquisadores da UFSC fizeram testes para saber quanto tem de componentes do extrato EGb 761 nessas cápsulas e nas folhas da planta. Conclusão: para obter a mesma quantidade de um único comprimido de 120 mg seriam necessárias 20 cápsulas de 200 mg de pó moído. Quanto ao chá, a eficácia depende da qualidade da matéria-prima. "Mas seria preciso ingerir grande quantidade, já que os teores das substâncias ativas no chá caseiro são baixos", afirma Cláudia Simões, autora do trabalho e pesquisadora da UFSC. "A proporção ideal só é obtida com os extratos secos padronizados."


Fonte: Revista saúde, editora abril

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

7 Alimentos inusitados para abaixar a pressão

Do farelo de trigo à melancia: preparamos uma seleção de grãos, frutas e sementes que chamam a atenção da ciência por atuar na prevenção e no controle da hipertensão, um problema na vida de mais de 30 milhões de brasileiros.


Inimiga silenciosa: é dessa maneira que a comunidade médica costuma se referir à hipertensão. E o motivo é tão singelo quanto assustador: 90% das pessoas com pressão arterial elevada não apresentam sintomas e, como consequência, podem receber o diagnóstico só depois de sofrer um derrame cerebral ou um ataque cardíaco. Todo esse drama, ainda bem, pode ser evitado. E para isso nem é preciso se entupir de remédio, como muita gente pensa. Em boa parte dos casos, um destino melhor para os vasos sanguíneos depende do acompanhamento com o cardiologista e da escolha correta dos alimentos incluídos no cardápio.

"Uma dieta balanceada, somada à prática de exercícios físicos, muitas vezes é o suficiente para prevenir e até mesmo controlar uma hipertensão mais leve", afirma o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, presidente do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dito isso, é hora de apresentar sete alimentos que estão em evidência nos centros de pesquisa por sua capacidade de deixar as artérias livres de sufoco. Veja se não vale a pena aproveitá-los no café da manhã, no almoço ou no jantar.

Farelo de trigo
É fato consumado que grãos e cereais integrais devem aparecer com regularidade no menu quando se quer barrar a constrição dos vasos. afinal, são exímias fontes de fibras, compostos que dificultam a absorção de gorduras e do colesterol ruim, o ldl. Por participar dessa faxina nas artérias, esses alimentos auxiliam o sangue a circular sem sujeiras no caminho. Mas, em se tratando de hipertensão, um representante dessa turma merece destaque. é o trigo, cujo farelo oferece, além das fibras, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B. "esse conjunto de nutrientes têm impacto direto no relaxamento dos vasos", diz a nutricionista Nairana Borim, do Hospital alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Sugestão de consumo
Salpique 2 colheres de sopa do farelo em vitaminas, frutas ou refeições salgadas.

Morango
Ao longo de 14 anos, cientistas das universidades de east anglia, na inglaterra, e Harvard, nos estados Unidos, acompanharam os hábitos de cerca de 156 mil pessoas. depois desse tempão, perceberam uma queda de 8% no risco de hipertensão entre os fãs de morango e outras frutas vermelhas. O mérito parece vir de um antioxidante que dá cor a essas frutinhas, a antocianina. "ela atua na redução das moléculas de ldl, o mau colesterol, e no aumento do Hdl, a versão do bem, o que beneficia a circulação", explica Nairana. "além disso, essa substância combate o processo inflamatório envolvido nas doenças cardiovasculares", completa. Quem quer variar vai encontrar antocianinas de sobra em outras frutas, como amora e framboesa.
Sugestão de consumo
Inclua 5 morangos no café da manhã ou tome o suco natural da fruta após as refeições.

Semente de abóbora
Tamanho não é documento mesmo, pois essa pequena semente é farta em nutrientes. entre eles, está o potássio, mineral famoso por melhorar a elasticidade dos vasos. Segundo a nutricionista Maria Cristina Freitas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vale exaltar também a presença das vitaminas a e e, fibras, magnésio e gorduras do bem. "tudo isso faz dessa semente uma grande aliada do sistema cardiovascular", diz a especialista. essa riqueza nutricional, aliás, foi avaliada em um estudo com o óleo da semente administrado a animais na arábia Saudita. Conclusão: o preparo potencializou a ação de remédios anti-hipertensivos, facilitando bastante o ajuste da pressão arterial.
Sugestão de consumo
Leve ao forno 1 xícara de chá de sementes de abóbora e, após dourarem, sirva-as como aperitivo.

Clara de Ovo
Apesar de suscitar mais perguntas do que dar respostas, uma pesquisa da Universidade autônoma de Madri, na Espanha, constata que trechos de proteínas da clara do ovo têm uma surpreendente propriedade vasodilatadora — dependendo dos aminoácidos selecionados, as artérias chegam a relaxar 70% a mais. "agora é necessário checar se essas moléculas benéficas permanecem estáveis durante o cozimento. assim saberemos se é melhor consumir a clara do ovo poché ou cozido", comenta o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo. enquanto não temos esse dado, a recomendação é incluir o ovo numa dieta balanceada, dando preferência à sua porção branquinha.
Sugestão de consumo
Procure colocar água na frigideira no lugar de gordura ou frite o ovo com pouquíssimo óleo vegetal.

Soja
Os holofotes voltam a se dirigir para a isoflavona, substância mais ilustre do grão cultuado pelos orientais e famosa por silenciar sintomas indesejados da menopausa. após revisar uma porção de artigos protagonizados por ela, cientistas chineses perceberam que sua ingestão alivia o tráfego sanguíneo. Segundo o cardiologista Marcus Malachias, a isoflavona não se resume a um bom vasodilatador. "ela impede que fatores de agressão para as artérias, como o colesterol e a glicose, estimulem a formação de placas em sua camada interna, protegendo-as contra entupimentos", explica o médico. Sem empecilhos em sua trajetória, o sangue flui mais facilmente e a pressão tende a permanecer na medida certa.
Sugestão de consumo
Cozinhe 1 xícara de chá do grão e use-o como substituto do feijão ou em saladas.

Guaraná
durante anos, a fruta nativa da amazônia e outros alimentos ricos em cafeína foram tachados de perigosos às artérias. a verdade, porém, é que nenhum estudo confirmou seu elo com a hipertensão. Muito pelo contrário. em um grupo de 637 pessoas acima de 60 anos acompanhado pelas universidades Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e do estado do amazonas, as que relataram beber regularmente uma mistura de guaraná em pó, água e uma pitada de açúcar ou mel eram menos obesas e apresentavam, em menor frequência, pressão alta. "O acúmulo de gordura propicia alterações vasculares que podem culminar na hipertensão", justifica a biogerontóloga ivana da Cruz, da instituição gaúcha. Um recado a quem controla a pressão com remédios: o guaraná só deve ser convidado se o médico liberá-lo.
Sugestão de conSumo
Acrescente 1/2 colher de café de guaraná em pó a sucos de frutas e tome pela manhã.

Melancia
Para quem já está com a pressão no limite, esse é um item que merece lugar cativo na fruteira. a sugestão vem de pesquisadores da Universidade estadual da Flórida, nos estados Unidos, após observar o efeito de doses diárias do extrato da fruta em indivíduos com pré-hipertensão, o estágio que antecede a doença propriamente dita, durante seis semanas. O responsável pela façanha é uma substância que aparece aos montes na melancia, a l-citrulina. "No corpo, ela se transforma em outra molécula que contribui com a formação do óxido nítrico, um gás natural que relaxa a parede dos vasos sanguíneos", esclarece Malachias. agora, os experts buscam delimitar como aproveitar melhor esse ingrediente anti-hipertensão — seria em suco, na fruta mesmo?
Sugestão de consumo
Deguste 1 fatia pequena da fruta após o almoço.


A dieta contra hipertensão
O programa alimentar conhecido como Dash — sigla em inglês para Dieta para Combater a Hipertensão — se consagrou há uma década por provar que a alimentação é mais do que uma coadjuvante no controle da doença. Elaborado por instituições de peso dos Estados Unidos, esse plano doma a pressão arterial. "O impacto é similar ao de um bom remédio", analisa o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração de São Paulo e autor do livro A Dieta do Coração, publicado por SAÚDE. Conheça os alimentos preconizados pela Dash e em quais medidas eles devem aparecer no cardápio.



Programa dash
Grãos e cereais:
6 a 8 porções diárias

Vegetais:

4 a 5 porções diárias

Frutas:

4 a 5 porções diárias

Leites e derivados:
2 a 3 porções diárias

Fontes de proteína magras:
1 a 2 porções diárias

Nozes e sementes:

até 5 porções por semana

Os inimigos da pressão
Enquanto alguns alimentos ajudam a afastar ou minimizar a hipertensão, outros funcionam como verdadeiros gatilhos para deflagrar e piorar a doença. É o caso do trio abaixo, considerado uma bomba para a saúde das artérias.

Sal: os brasileiros usam mais do que o dobro dos 5 gramas diários recomendados. Em exagero, o sódio faz o corpo reter água e a pressão decolar.

Álcool: em doses modestas — modestas mesmo —, ele até faz bem. Mas, quando os goles passam do limite, conspiram a favor do estreitamento dos vasos.

Açúcar: esse é outro ingrediente abusado por nossos conterrâneos. Açúcar demais favorece a obesidade, condição já ligada à compressão das artérias.



Fonte: Revista saúde, editora abril

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sete em cada dez mulheres têm um carocinho estranho em alguma região do corpo

E se você não teve provavelmente terá. Saiba como fazê-lo desaparecer

A maioria dos nódulos na mama se revela inofensiva. Eles são apenas cistos cheios de líquido, com consistência de uma uva e tamanho que varia da ervilha à ameixa, ou tumores benignos, que podem ficar maiores do que um limão e parecer firmes feito borracha. Mas não deixe de consultar um especialista para dormir tranquila.
Procure um médico se o nódulo: aumentar de tamanho, mudar de formato, trocar de cor ou começar a coçar, sangrar ou doer.
NO PESCOÇO - Inchaço dos gânglios linfáticos, geralmente provocado por infecções, porque é justamente nessa região que as células de defesa do organismo se aglomeram e crescem durante o ataque dos germes.
Tratamento
Beber oito copos de água por dia fortalece a imunidade e expulsa os invasores, fazendo o caroço sumir em até uma semana. Se ele persistir, consulte um médico para saber se há uma infecção mais séria.

Prevenção
Tome um fitoterápico à base de equinácea, erva originária da América do Norte. Ele pode melhorar seu sistema imunológico, além de combater vírus e bactérias. Antes, consulte o seu médico.

NOS ÓRGÃOS GENITAIS -  Se o caroço estiver na região dos pelos, trata-se de uma glândula sebácea obstruída. Mais perto da vagina, pode significar que há um bloqueio em uma das glândulas que lubrificam o canal para o ato sexual. Os dois tipos podem durar anos sem criar problema e costumam sumir do mesmo jeito que surgiram: misteriosamente.
Tratamento
Fazer compressa ou tomar dois banhos quentes por dia ajuda a abrir os poros e expulsar qualquer tipo de cisto em menos de uma semana.

Prevenção
Use óleos, cremes e loções que não bloqueiem os poros (leia o rótulo do produto) e mantenha a região o mais seca possível.

NAS ORELHAS - Ferida provocada por pressões repetidas, como segurar o celular apertado contra o ouvido. E quem fica mais exposto ao sol está mais propenso a sofrer com o incômodo.
Tratamento
Aplicar um creme com corticoide costuma reduzir a inflamação e curar o ferimento. Se não funcionar, o especialista poderá indicar injeções da mesma substância ou intervenção com laser.

Prevenção
Evite pressionar objetos contra a cartilagem da orelha, alterne o telefone de ouvido quando a conversa prometer se alongar e não se esqueça de passar protetor solar – mesmo
no inverno.

NAS MÃOS E NOS PÉS - Cisto cheio de líquido, cresce quando os ligamentos ou tendões inflamam pelo uso excessivo das articulações, e pode aparecer e desaparecer da noite para o dia ou ficar do tamanho de uma bola de golfe.
Tratamento
Metade deles some em dois meses quando a inflamação é estancada com tala e anti- -inflamatório. E os mais resistentes sucumbem a uma ou duas doses de corticoide (ele de novo!).

Prevenção
Quando estiver executando tarefas repetitivas (como digitar e passar roupa) ou que exijam muito esforço (como carregar peso), alterne os braços ou faça paradas frequentes.

NAS COSTAS, PERNAS, BRAÇOS OU COURO CABELUDO - Acúmulo de células de gordura sob a pele, conhecido como lipoma, que pode ser menor do que uma ervilha ou maior do que uma laranja, e tende a ressurgir ano após ano na mesma região.
Tratamento
Como são considerados seguros, você pode ignorá-los. Em caso de dor ou incômodo estético, um médico pode removê-los.

Prevenção
Depois do banho, passe um creme esfoliante com ácido láctico no local onde o problema costuma aparecer.


Fonte: Revista saúde, editora abril

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Proteja-se da micose


Calor e umidade: eis o ambiente ideal para a proliferação de fungos, microorganismos que podem se alojar na pele e nas unhas, causando infecções incômodas e resistentes. Aprenda a barrar esses hóspedes indesejáveis durante o verão, época em que eles deitam e rolam

Só a bela e perfeita bailarina da música de Chico Buarque é que não tem “coceira, berruga nem frieira”. Na vida real todo mundo pode ser vítima dos fungos causadores de micoses, especialmente nos dias quentes. E a frieira, também chamada de pé-de-atleta, é uma das mais comuns. Basta observar a pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pelo laboratório Janssen-Cilag. Ela constatou que metade da população tinha algum tipo de doença nos pés. E o principal diagnóstico (62,8% desse grupo) era o de infecção fúngica.
Os especialistas costumam classificar as tais infecções fúngicas em superficiais ou profundas. As primeiras são endêmicas, isto é, ocorrem quando as condições ambientais — calor, umidade, pouca luz e presença de matéria orgânica — favorecem o crescimento de fungos. Já as micoses profundas, em geral oportunistas, acometem pessoas que apresentam grave deficiência imunológica. É o caso de pacientes de câncer, aids ou os internados em unidades de terapia intensiva, alvos fáceis de microorganismos que podem invadir órgãos internos e causar altos índices de mortalidade. “Em média os óbitos chegam a 40%, mas, nos casos mais graves, 70% dos infectados acabam morrendo”, revela a infectologista Maria Luiza Moretti, professora da Universidade de Campinas, no interior paulista. Segundo ela, essas infecções invasivas vêm aumentando nos últimos anos, fruto paradoxal da eficácia da Medicina no tratamento de doenças graves. Explica-se: a maior sobrevida e o tempo prolongado em ambiente hospitalar elevam o risco de infecções. Felizmente têm surgido novos medicamentos antifúngicos que tendem a reduzir o número de vítimas fatais.
As micoses superficiais — que atingem pele e unhas — em geral não trazem maiores riscos para a saúde da imensa maioria da população. O que não quer dizer que dispensem atenção. “Elas comprometem a qualidade de vida e devem, sim, ser tratadas”, enfatiza Maria Luiza.
Uma micose começa como um problema estético que, de imediato, afeta a vida social. Coceira, inflamação ou escamação da pele e deformação nas unhas são sintomas comuns. Se não for tratada adequadamente, pode ficar bastante incômoda e dolorosa. Nos pés, por exemplo, são a porta de entrada para infecções bacterianas, o que piora o quadro. O desconforto chega a interferir no andar, causando problemas ortopédicos. Os diabéticos devem ter um cuidado especial, pois são particularmente suscetíveis a ferimentos e infecções graves.
Para descartar a possibilidade de alergias e até hanseníase, o primeiro passo é procurar um dermatologista, que deve colher material para exame micológico. “Só assim será possível identificar com segurança o tipo de fungo e prescrever o tratamento mais eficaz”, afirma a dermatologista Carmélia Reis, chefe do Laboratório de Micologia do Hospital Universitário de Brasília. Nem pense em automedicação. Em geral é desastrosa, pois o bicho fica mais resistente, o que dificulta a cura. Alguns tipos de micose são tratados em poucos dias com o uso de cremes antifúngicos. Porém, certos fungos, especialmente os que afetam as unhas, são duros na queda. O tratamento é via oral — longo e caro, infelizmente.
“Cada comprimido custa em torno de 8 reais e são necessários dois por dia durante quatro a seis meses”, alerta Carmélia. Ficar com o maiô molhado o dia inteiro e andar descalço na praia ou na piscina são hábitos de verão que fazem da pele o paraíso dos fungos. Nos homens são comuns micoses na virilha. As mulheres sofrem com a candidíase na região vaginal. Por isso, após o banho enxugue bem o corpo, principalmente nas dobras, como as regiões sob as mamas, e entre os dedos.
Alguns tipos de fungo habitam o organismo humano sem maiores problemas. Porém, se eles se multiplicam anormalmente, a coisa se complica. Isso acontece não só quando as condições ambientais são inadequadas, mas também se houver queda de resistência imunológica. Outra hipótese (os estudos não são conclusivos) é a da predisposição genética. Esse é o caso da Candida albicans, agente da candidíase, que pode ser encontrada naturalmente no intestino humano. Na maioria das micoses de pele e unhas, o fungo é adquirido após contato com o chão de um vestiário contaminado, com toalhas ou roupas de uma pessoa infectada ou por meio de instrumentos de manicure não esterilizados. O contágio em salões de beleza, aliás, é bastante comum, alerta a médica Carmélia Reis. Não basta esterilizar cortadores, tesouras e alicates. Reaproveitar lixas de unha, espátulas ou palitos de madeira também causa o problema. “O ideal é levar o próprio material de casa e não retirar totalmente a cutícula, que protege as unhas”, recomenda a dermatologista.
Algodão é melhor que náilon
As fibras naturais, como o algodão, deixam a pele respirar e não retêm suor. Por isso são as mais indicadas para roupas íntimas e meias. A mesma preocupação vale para os calçados. Evite os que abafam muito os pés ou os façam transpirar, como os tênis e as sandálias de plástico. O ideal é não usar o mesmo sapato por dois dias seguidos e guardá-lo em local arejado. E quem gosta de jardinagem deve usar luvas para evitar contaminação por fungos existentes no solo. Tomando cuidados tão simples quanto esses é possível aproveitar as delícias do nosso calor tropical sem risco de carimbar a pele com os vestígios das chatíssimas micoses.
Couro cabeludo
Esse tipo de micose é raro em adultos, mas altamente contagioso em crianças. Forma áreas arredondadas com falhas no cabelo, escamação da pele e coceira. Requer tratamento por via oral. A caspa não é uma micose, mas a descamação serve de alimento para o fungo Pityrosporum ovale.
Boca
A levedura Candida albicans, causadora da candidíase, afeta geralmente as mucosas. A infecção bucal, chamada de sapinho, é comum em bebês, produzindo placas brancas de aspecto cremoso, muito dolorosas. Na região vaginal, os sintomas são coceira, queimação e secreção branca ou amarelada.
Costas
Micose de praia, nome popular da pitiríase versicolor, é causada pelo fungo Malassezia furfur, um habitante natural da pele. Apesar do nome, não é na praia que se pega esse fungo. O calor e a oleosidade provocam sua multiplicação e fazem surgir manchas que variam do branco ao castanho, tornando-se mais evidentes com o bronzeamento.
Virilha, dobras, sob as mamas, entre os dedos
Lesões de cor avermelhada, escamação e coceira costumam ser os sinais das micoses cutâneas superficiais. Elas são provocadas por uma imensa variedade de fungos e atingem os locais que retêm maior calor e umidade.

Pé-de-atleta, ou frieira, costuma causar coceira, descamação intensa, fissuras na pele, inflamação e bolhas nas laterais dos pés e, sobretudo, entre os dedos. E pode abrir caminho para infecções bacterianas.
Unha

Dependendo do tipo de fungo, essa micose pode manifestar-se como um espessamento, deformação ou mudança de coloração da unha. Às vezes ela fica quebradiça ou se descola do dedo. É uma das mais resistentes.


Nem bichos, nem plantas


Foi num reino à parte — chamado fungi — que os cientistas resolveram classificar esses seres microscópicos que se dividem em bolores (pluricelulares) e leveduras (unicelulares). Encontrados no meio ambiente, em animais e seres humanos, precisam de calor e umidade para se desenvolver. Os que vivem sobre a pele humana alimentam-se de gordura ou da proteína queratina, a principal constituinte de pele, unhas e cabelos. Existem mais de 200 mil tipos de fungo, dos quais cerca de 100 causam micoses. A ciência que os estuda é a micologia — do grego mykes, fungo.


Fonte: Revista saúde - editora abril