segunda-feira, 25 de março de 2013

Moradores de metrópoles são mais propensos a desenvolver transtornos psicológicos

Os problemas vão muito além do aperto no transporte coletivo e das brigas de trânsito.
E eles podem afetar a sua cabeça e a qualidade da sua vida sem que você perceba.
 
 
Nas metrópoles que não param de crescer, ônibus lotado, trânsito congestionado e violência são apenas uma parte visível do desequilíbrio urbano. Mas uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) foi a fundo para saber que tipo de pane esse veneno provoca no cérebro de quem habita um cenário assim. Batizado de São Paulo Megacity, o estudo foi feito com mais de 5 mil moradores da região metropolitana da capital paulista. Os resultados, preocupantes, revelam: quase 30% dos participantes apresentam transtornos psicológicos.

O trabalho, vencedor do Prêmio SAÚDE 2012 na categoria Saúde Mental e Emocional, é parte de um grande levantamento feito em 24 países. E, na opinião da psiquiatra Laura Helena Silveira Guerra de Andrade, responsável pelo projeto por aqui, ele serve de modelo - e de alerta - para outros aglomerados com mais de 10 milhões de habitantes, incluindo cidades brasileiras que se aproximam dessa dimensão. "Constatamos que, nelas, as mulheres têm mais distúrbios de ansiedade e humor, enquanto homens ficam propensos a problemas de controle de impulso e abuso de drogas", resume a médica.

A vulnerabilidade feminina tem explicação sobretudo em dois fatores. Um deles, aponta Wang Yuan Pang, psiquiatra integrante do SP Megacity, está na oscilação hormonal. O outro, no excesso de responsabilidade. Isso porque é cada vez maior o número de mulheres na posição de chefe de família, com a sobrecarga de ter que disputar com o homem um espaço no mercado de trabalho.

O perrengue com as contas no fim do mês, aliás, engrossa a lista de responsáveis pela fragilidade mental. "Quando o desemprego é alto, sem renda para o sustento familiar, o risco de compensar a angústia no álcool e nas substâncias ilícitas se amplia", explica Pang. "Além disso, muita gente, principalmente os migrantes, vive em áreas de privação, com infraestrutura precária e graves problemas de marginalização, o que também contribui para esse quadro", acrescenta.

A criminalidade tem peso importante nessa equação, uma vez que mais de 54% das pessoas ouvidas relataram já ter presenciado algum incidente violento. "Vivenciar essas situações abre precedente para disparar diversos transtornos, e não só o estresse pós-traumático", diz Laura Helena. O medo crônico de assalto, por exemplo, esgota o sistema de defesa psíquica, provocando quadros de ansiedade. "A vítima passa a preferir espaços fechados, restringindo sua rotina", completa seu colega Wang Yuan Pang.

Do minucioso questionário aplicado pela USP, surge outro dado inquietante: somente 8,7% das pessoas com alguma perturbação recebem tratamento. "Além de agravar os sintomas, isso pode deteriorar a saúde como um todo", alerta Mario Eduardo Costa Pereira, professor de psicopatologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista. "Aumentam a insônia e a pressão arterial, a pessoa come demais ou muito pouco e até reduz sua produtividade", ele exemplifica.

Laura Helena acredita que o SP Megacity abre a oportunidade de desmitificar a doença mental e melhorar o acesso aos serviços especializados. Para isso, ela aposta no treinamento das equipes de saúde que fazem visitas domiciliares para que identifiquem e encaminhem os casos de risco. Enquanto isso não acontece, alguns sinais indicam que está na hora de procurar ajuda. "É importante a auto-observação de palpitações, suor excessivo em momentos de tensão, pensamentos ruins que não saem da cabeça e frequente falta de atenção", enumera a psicóloga Dirce Perissinotti, do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência e Estresse da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

É de Dirce também uma receita de equilíbrio quando o barulho da cidade grande falar mais alto em sua mente. "Respirações abdominais são ótimas. Além disso, tente atividades diferentes, abra-se para o novo!"

19,9%
Transtornos de ansiedade
Campeões de diagnósticos, eles envolvem o temor pelo que está por vir. Os maiores índices foram de fobias específicas (10,6%): medo de objetos, animais ou determinadas situações. Em seguida, vêm a fobia social, que impede a interação com outras pessoas, e o transtorno obsessivo-compulsivo, o famoso TOC, que inclui manias exacerbadas. Foram identificados ainda casos de medo de multidão, síndrome do pânico e estresse pós-traumático.

11%
Transtornos de humor
Mais de 85% dos casos são de depressão profunda, que pode até afastar o sujeito de suas funções diárias. Em segundo lugar aparece a bipolaridade, aquelas mudanças cíclicas de humor. Apesar do número baixo (1,5%), ela é responsável pela maioria dos casos graves nessa categoria - as que levam em conta as tentativas de suicídio. A distimia, que não impede a pessoa de realizar atividades, mas tem seus episódios de tristeza, também foi mencionada.

4,3%
Controle de impulso
Apesar de o índice parecer pequeno, é o mais observado no dia a dia. É o ataque de raiva, o bate-boca agressivo, a briga de trânsito, a quebra de objetos para aliviar a tensão. O mais frequente é justamente a desordem explosiva intermitente (3,1%), nome dado a esse descontrole emocional. Atrás, surgem o déficit de atenção por hiperatividade e o distúrbio oposicional desafiador, mais comum na adolescência e caracterizado por excessiva atitude negativa e teimosia.

3,6%
Abuso de substâncias
É considerado o pior dos distúrbios. Muitas vezes está associado a outras encrencas, que devem ser tratadas junto com a dependência. Na maior parte dos casos, há o envolvimento com álcool e 94% dos casos são graves. Depois, o uso de drogas ilícitas (93,2% são críticos). Em comum está a busca de alívio dos sintomas mentais. E, claro, esses quadros se tornam uma patologia quando o usuário não consegue mais viver sem o consumo das substâncias.

A pauliceia
O perfil dos que sofrem distúrbios psíquicos nos 39 municípios da Grande São Paulo
A faixa etária mais atingida tem entre 35 e 49 anos

Mais de 80% dos problemas relacionados a controle de impulso são classificados como severos
 
O número de pessoas com transtornos por aqui é o mais alto entre os países participantes (29,6%), à frente até dos Estados Unidos (26,2%)
 
10% dos casos são sérios, e a maior parte desenvolve mais de três transtornos
 
 
A agorafobia, ou medo de multidões, é grave em 57% das pessoas com sintomas
 
Fonte: Revista saude - editora abril

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher com muita saúde

Conheça as principais causas de morte feminina no Brasil e como é possível evitar as doenças usando a prevenção como aliada.


Mulheres determinadas, poderosas, decididas, delicadas. Mulheres fortes, que sabem o que querem, vão buscar oportunidades, caminhos e independência. Conquistaram o dia 8 de março como seu, receberam do mundo o "Dia Internacional da Mulher".

Novas rotinas, mulheres chefes de família, chefes do escritório, chefes de dupla jornada. Agora é a vez delas, responsabilidades maiores, que dão orgulho, já que lutam tanto para isso.

As provedoras da vida merecem atenção não apenas no dia 8, mas em todos os dias do ano. Por isso, vamos listar doenças e formas de evitá-las para que aproveitem mais que um único dia.

INFARTO
Segundo o Ministério da Saúde as principais causas de morte feminina no Brasil são: infarto, AVC e as conhecidas doenças cardiovasculares. "O infarto na mulher é acometido de maneira característica, ou seja, depende do perfil de cada uma", afirma a cardiologista Patrícia Lobo, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. O fato de essas doenças fazerem parte da vida das mulheres hoje em dia mais do que antigamente, parte da ideia de que elas conquistaram outras funções além da de dona de casa, ou seja, há uma soma de trabalhos acumulados.

Para que essa doença, que obstrui as artérias, responsáveis por manter o coração, seja evitada, é necessária uma mudança de hábitos. A cardiologista Patrícia afirma que as mulheres sedentárias, fumantes, com uma dieta não saudável, com obesidade, pressão alta ou diabetes, devem mudar sua rotina o quanto antes. "A questão importante é a medicina preventiva que pode se antever a problemas", conclui a cardiologista.

Outro alerta feito pela cardiologista é sobre a confusão quanto aos sistemas. Muitas vezes o infarto nas mulheres acaba sendo confundido com dor nas costas, falta de ar, náuseas, queimação no estômago e tontura. Nada parecido com a masculina da fisgada no peito e formigamento no braço.

CÂNCER DE MAMA
O Câncer de mama é bem conhecido entre as mulheres. Trata-se de uma proliferação celular anormal nas glândulas mamarias. Segundo o ginecologista Edson Ogeda do Hospital Samaritano, a grande oportunidade para que a cura do câncer seja alcançada está no diagnóstico precoce. A doença que assusta muitas mulheres, não é facilmente perceptível, por isso, é necessário um acompanhamento anual. No caso de proliferação da doença "cada situação vai determinar o tipo de plano de tratamento para o câncer", afirma o ginecologista.


OSTEOPOROSE
A osteoporose está relacionada com o enfraquecimento dos ossos. Segundo o ginecologista Edson Ogeda, "a cada dez pessoas acometidas pela doença, nove são mulheres". A incidência é grande neste grupo principalmente pela constituição do corpo feminino.

Especialmente em casos de mulheres com pré-disposição familiar, vida sedentária, mulheres que não consomem alimentos com cálcio, com pequena exposição ao sol, na fase da menopausa, (quando os hormônios, responsáveis pela proteção do corpo, ficam escassos) e ainda, as com algum tipo de vício, como o cigarro, por exemplo, que aumentam as chances da doença se proliferar.
Não há grande segredo segundo Ogeda, o mais importante é se prevenir com uma vida mais saudável, principalmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco.


CANDIDÍASE
Segundo a Ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz, Poliani Prizmic, a candidíase é uma das queixas mais frequentes dentro dos consultórios ginecológicos. Poliani afirma também que a doença pode acometer muitas mulheres. "Pelo menos uma vez na vida 75% a 80% das mulheres terá a candidíase".

A doença é marcada por um fungo adormecido dentro do corpo humano, que espera alguma oportunidade para se proliferar. Para que o fungo, Cândida Albicans, não consiga se manifestar nas pessoas, existem alguns cuidados importantes a serem tomados: evitar tecidos que aumentem a temperatura da vagina, alimentos ácidos, ou que alterem o pH vaginal, prestar atenção nos medicamentos utilizados, entre outros.

A doença não é considerada uma DST e pode vir a se proliferar quando a imunidade da pessoa estiver baixa. O tratamento é feito por antifúngicos por mais ou menos uma semana.

Fonte: Revista saúde - editora abril

Exames gratuitos para mulheres são oferecidos na estação Sé do metrô e na UNIFESP, em São Paulo

Iniciativa pelo Dia Internacional da Mulher já beneficiou 20 mil desde 2009.



Entre os dias 5 e 8 de março, a Bayer HealthCare Pharmaceuticals e a UNIFESP promovem ações para alertar a população feminina sobre a necessidade de fazer exames regularmente.

A iniciativa comemora o Dia Internacional da Mulher, na próxima sexta-feira, oferecendo avaliações de mamografia e papanicolau no Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina, além de medições de glicemia, circunferência abdominal, peso e altura para cálculo de IMC (Índice de Massa Corporal) e pressão arterial no mesmo endereço e na estação Sé do metrô.

A "5ª Semana Bayer da Mulher", como é chamada a campanha, já beneficiou cerca de 20 mil pessoas desde 2009. O coordenador do mutirão e Chefe da Disciplina de Mastologia da EPM-UNIFESP, Afonso Nazário, comenta que atividades de conscientização como essa são importantes para facilitar o acesso aos exames, que ajudam na prevenção de doenças.


Confira a agenda:

  
UNIFESP

Mamografia
Horário: das 07h30 às 16h.
Local:
Ambulatório de Raio-X do Hospital São Paulo. Rua Napoleão de Barros, 771 - Vila Clementino.
Para agendar, entre em contato com Vanessa pelo telefone (11) 5576-4848 - ramal 2860.

Pré-requisitos para a realização do procedimento:
- Ter acima de 40 e abaixo de 80 anos
- Ter realizado a última mamografia há 12 meses
- Levar a última mamografia
- Não estar grávida
- Levar o cartão SUS

Papanicolau (esgotado, segundo a organização do evento)
Horário:
das 13h às 16h.
Local:
Núcleo de Prevenção. Rua Borges Lagoa, 380 - Vila Clementino.
Para agendar, entre em contato com Silmara pelo telefone (11) 99524-0850.


Pré-requisitos para a realização do procedimento:
- Ter entre 30 e 55 anos
- Não estar menstruada ou grávida
- Não ter relações sexuais três dias antes da data agendada
- Não usar creme vaginal três dias antes da avaliação
- Levar o cartão SUS


As inscrições para mamografia e papanicolau são limitadas!

Exames de Medição (glicemia, peso, altura, pressão, circunferência abdominal)
Horário:
7h30 às 16h.
Local:
Ambulatório de Mastologia da Unifesp. Rua Marselhesa, 249. E também no Núcleo de Prevenção da Unifesp. Rua Borges Lagoa, 380 - Vila Clementino.

Estação Sé


Horário: das 07h às 15h.
Exames realizados:
Medição de glicemia, peso e altura para cálculo de IMC (Índice de Massa Corporal), circunferência abdominal e aferição da pressão arterial para todas as mulheres que passarem pelo estande.


Fonte: Revista saúde- editora abril

segunda-feira, 4 de março de 2013

Exercite-se contra o câncer de mama

Estudo traça qual a quantidade exata de atividades físicas para tentar evitar esse tipo de tumor.

A bioestatística Lauren McCullough, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, investigou o histórico de 3 059 mulheres de modo a desvendar quantos minutos de malhação seriam necessários para afastar o risco de o mal dar as caras. Resultado: antes da menopausa, o ideal é se mover dez horas por semana — após essa fase, o número cai para nove. A princípio, isso parece muito, mas o período abrange tarefas como varrer a casa, subir escadas, passear com o cachorro e assim por diante. “Ou seja, de prática esportiva mesmo sugerimos uma média de seis horas semanais”, diz a especialista. Com essa frequência, a probabilidade de as mamas serem acometidas pela enfermidade cai nada menos do que 30%.

O perigo dos quilos extraA má notícia do artigo é que a obesidade praticamente anula os efeitos benéficos das passadas, pedaladas e afins. “A gordura sobressalente eleva as taxas de hormônios deflagradores desse câncer”, explica Lauren. “Mas isso é uma questão de ponto de vista. Analisando de outra forma, a atividade física ajuda a emagrecer. Portanto…”, arremata.


Fonte: Revista saúde, editora abril