segunda-feira, 29 de julho de 2013

Castanhas para blindar o peito

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Nozes, avelãs, amêndoas e as brasileiríssimas castanhas de caju e do Pará fazem parte de um grupo conhecido pelos especialistas como oleaginosas. O nome entrega as generosas porções de óleos guardadas nessas delícias. Elas concentram tanto as gorduras monoinsaturadas, quanto as poli-insaturadas, ambas famosas por atuarem no equilíbrio das taxas de colesterol e consideradas verdadeiras protetoras do coração. Não bastasse, trazem ainda outros ingredientes benéficos, caso da vitamina E e do selênio, dois potentes antioxidantes, que dão um chega-pra-lá nos radicais livres e, assim, resguardam o estado das artérias.


Confira, a seguir, três receitas nutritivas e saborosas que contêm as tais oleaginosas.
Bom apetite!

1. Salada marroquina
Rende 6 porções

Ingredientes
6 laranjas
1/2 xícara de nozes moídas
1/2 xícara de amêndoas torradas, descascadas e moídas
1 alface-americana picada
6 rabanetes cortados em tiras bem finas
2 colheres de chá de canela
1 pitada de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
2 colheres de Sopa de vinagre
1/2 xícara de chá preto


Modo de preparo
Descasque as laranjas, retirando inclusive a parte branca. Corte-as em gomos. Espalhe a alface picada sobre uma travessa, cobrindo-a com as laranjas. Polvilhe com as nozes e as amêndoas misturadas. Numa xícara, misture o vinagre, a canela, o chá, o sal e a pimenta-do-reino. Salpique a salada com metade desse molho. Então, espalhe as fatias de rabanete, derramando o restante do molho por cima.


2. Pão de Quinua com Castanha
Rende 4 unidades

Ingredientes
· Massa
250 g de farinha de trigo
100 g de farinha integral
80 g de flocos de milho
40 g de quinua real em grãos
20 g de açúcar
10 g de sal
300 ml de água
40 g de margarina light
40 g de fermento biológico fresco
100 g de castanha-do-pará laminada

· Cobertura
Castanha-do-pará laminada


Modo de Preparo
Misture os ingredientes secos, adicione 100 ml de água e depois a margarina. Bata a massa e adicione o restante da água aos poucos. Quando formar uma mistura bem homogênea, coloque o fermento e continue batendo. Retire da batedeira depois que a massa estiver macia e lisa. Junte a castanha e divida em 4 partes com 200 gramas cada uma. Boleie as partes e deixe descansar por 20 minutos. Abra a massa em uma mesa untada com óleo e enrole como um rocambole. Passe um pincel úmido e coloque a castanha por cima. Deixe descansar até dobrar de volume e leve para assar em forno prequecido a 180 °C por cerca de 40 minutos.


3. Shiitake com creme de castanha de caju e cenoura
Rende 10 porções

Ingredientes
2 xícaras de castanha de caju
2 cenouras picadas grosseiramente
1 xícara de óleo de linhaça (ou de girassol, de gergelim ou de castanha-do-pará)
1 xícara de água mineral
1/2 pimenta dedo-de-moça
2 dentes de alho (ou um talo de alho-poró)
10 shiitakes orgânicos sem o cabinho


Modo de preparo
No liquidificador, bata todos os ingredientes, exceto o shiitake, até obter um creme. Sirva por cima do cogumelo inteiro, como se ele fosse uma torrada.


Fonte: Revista saúde, editora abril

terça-feira, 23 de julho de 2013

Goles contra o Alzheimer


É lançada no país a primeira bebida que serve de complemento alimentar para desacelerar a progressão da doença que apaga a memória.

Quando o relógio da vida avança além dos 60 anos, algumas peças do cérebro podem começar a enferrujar. Mas um problema em especial é capaz de acentuar dramaticamente esse declínio, dizimando áreas como o hipocampo e o córtex, responsáveis pela memória, aprendizado e capacidade de planejamento. Estamos falando da doença de Alzheimer, condição em que uma parte dos 100 bilhões de células nervosas e dos 100 trilhões de conexões entre elas, as sinapses, é destruída de maneira lenta e progressiva. Esse arrastão faz com que as lembranças — e, com o tempo, outras funções cognitivas — caiam literalmente no esquecimento.

No esforço para contrapor os primeiros apagões do Alzheimer, a Danone Medical Nutrition anuncia a chegada ao país da bebida Souvenaid, cuja proposta não tem precedentes no combate a essa doença, que ainda carece de tratamentos médicos 100% efetivos. O produto, com sabor baunilha, é considerado um complemento alimentar, fruto de mais de dez anos de pesquisas envolvendo testes no prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Entre os ensaios clínicos que mapearam sua ação, está o Souvenaid II, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease. Durante seis meses, foram avaliadas 259 pessoas com Alzheimer leve, divididas em grupos paralelos: metade recebeu a bebida e o restante um líquido fajuto, o placebo.

De acordo com o responsável pelo estudo, o neurologista Philip Scheltens, da VU University Medical Center Amsterdam, na Holanda, os resultados apontaram benefícios na memória recente com o uso diário do produto. “Utilizamos exames de eletroencefalograma para investigar a qualidade da comunicação entre os neurônios. E descobrimos que, nos pacientes que receberam a bebida de verdade, ela sustentava a conexão entre as células nervosas, enquanto nos demais voluntários esse processo se deteriorava”, conta Scheltens, em entrevista exclusiva a SAÚDE. “Entre os efeitos adversos, nenhum foi significativamente mais presente em um ou outro grupo. Isso mostra que a bebida é segura e bem tolerada”, observa o professor. Em resumo: ela conseguiu resguardar o cérebro, sobretudo as regiões assaltadas pelo mal neurodegenerativo.

Bem-vinda, mas não a todos
A Associação Brasileira de Alzheimer estima em 1,5 milhão o número de portadores da desordem em nosso país. E a projeção para a América do Sul é que ela cresça 534% até 2050 — seria um efeito colateral do aumento da expectativa de vida no continente. Mas nem toda essa população pode ou poderá tirar proveito do Souvenaid. Testes revelaram que ele não tem efeito protetor em quadros moderados ou avançados. “O suplemento melhora o estado das membranas dos neurônios, viabilizando as sinapses, que são geralmente atacadas na fase precoce do Alzheimer”, explica o neurologista Paulo Bertolucci, da Universidade Federal de São Paulo. Se a doença progride, as células nervosas capitulam e os danos são irreversíveis.


Mas qual é a receita do Souvenaid que o tornaria capaz de proteger a memória? O mérito recai sobre as substâncias colina, uridina, DHA e EPA. “As membranas das células nervosas são como paredes, formadas por fosfolipídios, que funcionam como tijolos. Para estimular a formação deles, necessitamos de nutrientes-chave, como os que compõem a bebida”, aponta Claudio Sturion, diretor médico da Danone Medical Nutrition.

Sabe-se que certos cardápios, como a dieta mediterrânea — à base de peixes, verduras, frutas e azeite —, diminuem o risco de lapsos de memória e raciocínio lento. Uma das características desse menu é oferecer doses generosas de EPA e DHA, que são formas da gordura ômega-3, além de vitaminas. O Souvenaid meio que se inspira nesse mix nutricional, inclusive pelas suas vitaminas. Um frasco oferece as do tipo C, E e do complexo B, como o ácido fólico. “Ele reduz os níveis circulantes de homocisteína, molécula relacionada à presença de Alzheimer”, exemplifica o psicogeriatra Hewdy Lobo, da Associação Brasileira de Nutrologia. Altas taxas dessa substância estão associadas, por sua vez, ao encolhimento do cérebro.

Apesar do amplo histórico de estudos, o Souvenaid não foi avaliado pra valer em pessoas sem declínio cognitivo. Em outras palavras, ainda não pode ser usado na prevenção da doença. Tem mais: embora esteja livre de prescrição e não haja evidências de interação com remédios contra o Alzheimer, recomenda-se a sua ingestão mediante orientação médica. Segundo os testes clínicos, deve-se tomar um pote de 125 mililitros por dia — e o produto começa a fazer efeito após três meses de uso contínuo. Ele serve de lanche da manhã ou da tarde e pode entrar na receita de vitaminas geladas. Só não vale aquecê-lo.

Apesar da indicação, a garrafinha está longe de ser barata — uma caixa com quatro unidades custa por volta de 40 reais. Se é preciso tomar uma delas todo dia... Não é por menos que a combinação do suplemento com a medicação chega a dobrar os gastos do paciente. Aliás, diante de obstruções intestinais, dificuldade para engolir e alergia a peixes e frutos do mar (os redutos de DHA), o produto tem de ser descartado. A despeito das contraindicações, o primeiro desafio, inclusive para o médico, é captar o mais cedo possível os sinais do Alzheimer. “A detecção depende principalmente do exame clínico, já que recursos de imagem ajudam a excluir outras causas de demência em estágio mais avançado”, informa o neurologista Arthur Shelp, da Universidade Estadual Paulista. Quanto antes isso acontecer, maior a chance de a nova bebida ajudar a blindar o cérebro.

Coquetel contra o Alzheimer - ingredientes:
DHA - (1 200 mg) Equivale a um filé de 80 g de salmão. Ele é um tipo de ômega-3.
EPA - (300 mg) Equivale a uma porção de 55 g de anchova. É outra versão do ômega-3.
URIDINA -  (625 mg) Equivale a 420 tomates-cereja. Favorece a condução dos impulsos nervosos.
COLINA -  (400 mg) Equivale a 4 ovos cozidos. Atua no mecanismo de retenção da memória.


Quando a cuca começa a sofrer
Calcula-se que de 10 a 15% das pessoas que chegam aos 65 anos apresentam sintomas que remetam ao Alzheimer. A prevalência salta 3% ao ano, até atingir quase 50% ao completar os 85 anos. Nos estágios iniciais da doença, os lapsos de memória são mais presentes, mas podem ser sutis e até negligenciados por serem confundidos como algo natural no envelhecimento. Entre os indícios da doença, estão esquecimento de nomes e objetos, confusão com locais familiares, lentidão em tarefas triviais — como gerenciar finanças 

ou preparar refeições — e alterações frequentes de humor.

Fonte:  Revista saude,editora abril

terça-feira, 16 de julho de 2013

Musculação faz bem às artérias?

Quem diria! Puxar ferro pode ajudar a controlar a pressão e as taxas de açúcar no sangue.

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Durante décadas, a musculação carregou a fama de sobrecarregar o coração. “Havia um elo errôneo entre esse tipo de atividade e a morte súbita”, diz o cardiologista Rui Manoel dos Santos Póvoa, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. O médico conta que as suspeitas surgiram por causa do abuso de anabolizantes usados pelos “marombados”. “É que algumas drogas usadas em academia afetam diretamente o coração”, justifica.

Nos últimos anos, entretanto, diversos trabalhos surgiram para desfazer o engano. Um dos mais recentes, feito na Universidade Federal de São Paulo, mostrou que levantar peso pode ajudar a equilibrar a pressão arterial. E são vários os mecanismos por trás desse grande feito.

“A prática de exercícios, em geral, favorece a fabricação de substâncias promotoras do bem-estar, caso das endorfinas”, revela Póvoa. Assim, com a cabeça livre das tensões, a tendência é que o sangue circule sem grandes apertos. Além disso, quem sua a camisa mantém o peso saudável e isso, por si só, já tem enorme impacto contra a hipertensão.

Para completar, existem fortes evidências científicas sobre o efeito da malhação nas taxas de açúcar no sangue. “A musculação favorece a captação da glicose pelas fibras musculares, o que ajuda a equilibrar os níveis circulantes de açúcar e insulina”, explica Póvoa. Esse fenômeno assegura proteção aos vasos. Isso porque, quando existem excessos açucarados na circulação, aumentam as chances de surgirem machucados na parede dos vasos, o chamado endotélio. Essas microlesões, por sua vez, servem de estopim para o entupimento das artérias — processo que culmina em infartos e derrames.

Diante de tantos benefícios, você já deve estar toda animada para frequentar a academia, não é? Porém, é fundamental conversar com seu médico antes de começar a puxar ferro. Ele fará uma avaliação clínica criteriosa para afastar qualquer perigo. Dado o sinal verde, busque um profissional de educação física que possa auxiliar sobre a intensidade e a frequência das atividades. Aliás, aqui cabe mais um aviso: se houver exageros na malhação, o tiro acaba saindo pela culatra e o coração pode reclamar. Nada de exagero, hein?!

Fonte: sintaseucoração.com.br

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Óleo de coco emagrece mesmo?

Todos estão de olho nele, a bola da vez em termos de perda de peso. Mas sua eficácia divide opiniões. Fique por dentro e avalie se vale a pena investir no alimento.


Se tem um óleo que pode ser considerado o queridinho do momento, é o de coco extravirgem. Extraído do fruto maduro, ele virou febre principalmente entre aqueles que desejam se livrar de vez das dobras que teimam em se espalhar por diversas partes do corpo.

Para pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, todo esse auê é compreensível. Eles prescreveram uma dieta de manutenção de peso a 30 homens com um grau de obesidade leve. Enquanto metade consumiu 1 colher de sopa cheia de óleo de coco todo santo dia, a outra teve de engolir óleo de soja, na mesma porção.

Em 45 dias, o resultado agradou: apesar de o óleo proveniente da fruta ser cheio de gordura saturada e calorias, ele ajudou a reduzir o índice de massa corporal, o volume de gordura e a circunferência na cintura de quem o incorporou à dieta. Além disso, contribuiu para o aumento de massa magra, ou seja, músculo puro. "Há o caso de um paciente que perdeu cerca de 7 quilos", revela a nutricionista Christine Erika Vogel, uma das responsáveis pela investigação.

De acordo com a especialista, o óleo auxiliaria no emagrecimento porque carrega um tipo de gordura conhecido como triglicerídeo de cadeia média, com destaque para o ácido láurico. E esse tal de ácido láurico gera energia na célula de forma acelerada. "As outras versões precisam de uma enzima para realizar esse processo, acumulando-se mais facilmente na forma de gordura corporal", explica. Na prática, o óleo de coco turbinaria o gasto energético, favorecendo, assim, a degola dos pneus.

As qualidades desse derivado do coco não se resumem à sua capacidade de botar lenha no metabolismo. "Assim como outros óleos e gorduras, o produto derivado da fruta retarda o tempo de esvaziamento gástrico, proporcionando maior sensação de saciedade", diz a nutricionista Andréia Naves, que é diretora da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo.

Dessa forma, a quantidade de comida que vai ao prato ao longo do dia tende a ser menor - seria o fim dos ataques desenfreados de gula sem tanto sacrifício. "Aliado a uma alimentação equilibrada e à prática regular de atividade física, esse efeito auxiliaria no emagrecimento", avalia Andréia.

Para Ana Carolina Gagliardi, nutricionista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Incor, não há dúvidas sobre o poder das gorduras em deixar a barriga empanturrada. "Ainda assim, o papel do óleo de coco no processo de perda de peso é muito controverso", pondera. "É que as pessoas que o consumiram durante os estudos também seguiram uma dieta com restrição de calorias. Por si só, isso já torna o emagrecimento presumível."

"Realmente, não adianta ingerir o óleo de coco e exagerar nos salgados, nas frituras e nos doces. Não há milagres. Para emagrecer, é preciso mudar o estilo de vida", concorda Christine, pesquisadora da UFRJ. Só para constar, cada grama de óleo de coco reúne 9 calorias. Portanto, incorporá-lo à dieta sem providenciar mudanças no restante do cardápio não fará com que o ponteiro da balança tombe.

"A recomendação é que 25 a 30% de nossa alimentação seja composta de gorduras, sendo que no máximo 7% devem vir das saturadas, como as presentes no óleo de coco. Então, quem usar o ingrediente precisa investir em alterações na rotina, como preferir carne magra e tomar leite desnatado", avisa a nutricionista Ana Carolina.


Extravirgem ou refinado?
Se bater a dúvida, opte pelo primeiro sem pestanejar. "A versão extravirgem é obtida da carne do coco maduro, que pode ser fresco ou seco", conta Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, em São Paulo. "Nesse processo, não são empregados solventes químicos nem altas temperaturas. "Por outro lado, o produto refinado, ou virgem, apresenta perda de uma parte dos antioxidantes. "Por isso, seus benefícios são comprometidos", conclui Bruna.

Polêmica à vista
Além do aspecto da saciedade, os outros benefícios relacionados ao óleo de coco não são vistos com tanta empolgação por uma boa parte de especialistas, já que o fato de ser formado por gorduras saturadas do tipo triglicerídeo de cadeia média não é considerado exatamente uma grande vantagem.

"De fato, eles são processados com maior rapidez. Mas gerar energia não é o mesmo que dissipá-la como calor", informa Rosana Radominski, endocrinologista e presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Ela pode ser usada para ajudar a acumular gordura no corpo, caso a ingestão calórica seja maior do que o gasto."

O também endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo e autor do livro A Nova Dieta dos Pontos para Crianças e Adolescentes, recém-lançado por SAÚDE, vai na mesma toada: "Talvez a gordura saturada de cadeia média possa fazer menos mal do que a de cadeia longa. Daí a dizer que emagrece é absurdo. Ela engorda tanto quanto as outras".

É bom frisar que rechear a mesa com alimentos gordurosos merece atenção redobrada não só porque dispara o risco de obesidade, epidemia que está por trás de uma série de doenças - de males cardiovasculares a câncer. A digestão vagarosa, por exemplo, pode ser um problema para certas pessoas. "Uma dieta rica em gordura é capaz de piorar os sintomas de quem já sofre com um processo digestivo mais lento ou tem histórico de refluxo", conta o gastroenterologista Ricardo Barbuti, que integra a Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Outro grupo que deve pensar duas vezes antes de regar sem pudor os pratos com óleo de coco é o de pacientes diagnosticados com esteatose hepática, quando o fígado entra num processo de engorda. "Devido à sua composição, o alimento pode aumentar a dimensão do problema", esclarece a nutricionista Andréia Naves.

Camuflado no prato
Não tem jeito: nem todo mundo é fã do sabor pronunciado da fruta. Se for desse time, anote a dica: "Antes de refogar os alimentos, deixe o óleo por mais tempo em fogo brando para que o aroma se dissipe", aconselha a nutricionista Christine Erika Vogel, da UFRJ. Caso queira temperar saladas, o óleo pode ser misturado ao azeite. Já em pratos com peixes e frutos do mar, seu sabor entra como um excelente complemento.

E o coração?
Além de notar a redução de peso dos voluntários, os cientistas da UFRJ encontraram evidências de que o óleo de coco extravirgem ajudou a elevar as taxas do HDL, o bom colesterol, e freou o desenvolvimento do LDL, um algoz do peito. "Alguns estudos já demonstraram que os triglicerídeos de cadeia média reduzem a produção de uma lipoproteína chamada VLDL, associada ao aumento do LDL", lembra a pesquisadora Christine.

Mas está aí outro tema que incita um acalorado debate. É que a gordura saturada, independentemente de ser de cadeia média ou longa, é reconhecida por aumentar os dois tipos de colesterol, especialmente aquele que ameaça a saúde. "Logo, o óleo de coco não é indicado nem para prevenir nem para tratar doenças cardiovasculares. Pior do que esse tipo de gordura, só a trans, já que estimula a produção de LDL e reduz o HDL", adverte Ana Carolina, do Incor.

Justamente por suscitar dados contraditórios, não é de surpreender que os especialistas concordem em um ponto: é preciso colocar o óleo de coco no centro de outros estudos antes de considerá-lo a última palavra no que diz respeito ao emagrecimento. "Outras variáveis devem ser investigadas e mais pesquisas são necessárias para corroborar a tese de que ele é mesmo um aliado da boa forma", diz Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Agora, quem quiser testar seus efeitos pró-emagrecimento antes que os pesquisadores batam o martelo deve se restringir a 2 colheres de sopa diárias. "Comece consumindo uma quantidade pequena para evitar desconfortos gastrointestinais como náuseas, cólicas e diarreia", indica Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde, na capital paulista.

As doses caem bem antes das principais refeições - para estimular logo a saciedade - ou adicionadas a saladas, pratos quentes, molhos, massas, sucos e shakes. Caso opte pelas cápsulas, saiba que são necessárias 12 delas para conquistar os possíveis efeitos de 1 colher de sopa do óleo de coco. Você decide.


Superbadalados

Os óleos que têm se tornado cada vez mais célebres por suas diversas propriedades nutricionais:

É rico em triglicerídeos de cadeia média, gorduras saturadas de rápida digestão. Por isso, ele teria o poder de gerar energia 
e favorecer o emagrecimento.

Óleo de coco extravirgem

É rico em triglicerídeos de cadeia média, gorduras saturadas de rápida digestão. Por isso, ele teria o poder de gerar energia e favorecer o emagrecimento.

Guarda boas doses de gordura monoinsaturada e também de ômega-3. Mas alguns questionam seu uso por causa da origem transgênica. Pode ser radicalismo… 

Óleo de canola

Guarda boas doses de gordura monoinsaturada e também de ômega-3. Mas alguns questionam seu uso por causa da origem transgênica. Pode ser radicalismo…

É famoso por ter muito ômega-3 e atuar como antioxidante e anti-inflamatório. Está associado a menor risco de diabete tipo 2, complicações cardiovasculares, doenças neurológicas, câncer... 

Óleo de linhaça

É famoso por ter muito ômega-3 e atuar como antioxidante e anti-inflamatório. Está associado a menor risco de diabete tipo 2, complicações cardiovasculares, doenças neurológicas, câncer...

Fonte de ácido linoleico, contribuiria para a quebra das células gordurosas. É considerado mais eficiente quando combinado a exercícios aeróbicos e dieta equilibrada. 

Óleo de cártamo

Fonte de ácido linoleico, contribuiria para a quebra das células gordurosas. É considerado mais eficiente quando combinado a exercícios aeróbicos e dieta equilibrada.

Reúne gordura monoinsaturada, conhecida por reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom, além de barrar processos inflamatórios e evitar doenças crônicas e degenerativas. 

Azeite de oliva extravirgem

Reúne gordura monoinsaturada, conhecida por reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom, além de barrar processos inflamatórios e evitar doenças crônicas e degenerativas.

Fonte: revista saude - editora abril