terça-feira, 26 de agosto de 2014

Bexiga baixa: saiba o que é o prolapso genital e como prevenir


Esse problema não afeta apenas o órgão responsável por armazenar a urina - e causa sérios danos à saúde. Conheça os fatores de risco, os sintomas e as formas de evitar e tratar a chateação.


O que é
Apesar do nome complicado, o prolapso genital é um problema bastante comum, principalmente em mulheres com mais de 40 anos e que já tiveram filhos. Ele ocorre quando a musculatura das paredes da vagina fica fraca, de modo que os órgãos sustentados por ela se deslocam e podem sair pelo canal vaginal - caso do útero, da bexiga e até de parte do intestino.
A gravidade do quadro é classificada de acordo com uma escala que vai de 1 a 4. Nos dois primeiros estágios, já dá para ver o prolapso nos exames ginecológicos, mas a paciente ainda não apresenta sintomas. Nos últimos graus, os órgãos já se encontram exteriorizados.

Os sintomas

"O principal sintoma é a sensação de que há uma bola na vagina”, conta a ginecologista Marair Sartori, professora de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo. Além disso, é comum a paciente com prolapso apresentar dor na pelve, incontinência urinária e prisão de ventre.

A origem do problema

As principais causas do prolapso genital são a gravidez (o peso da barriga aumenta a pressão nessa região do abdômen) e o parto vaginal, especialmente nos casos em que não há acompanhamento obstétrico adequado. É que, se o bebê for muito grande ou não estiver posicionado corretamente, por exemplo, o risco de ocorrer lesões sérias no assoalho pélvico é alto.
Mas essa história não para por aí. Para ter ideia, a própria menopausa aumenta a probabilidade de o prolapso aparecer. "A redução dos hormônios femininos faz com que os tecidos dessa área fiquem mais ressecados e frouxos", explica a uroginecologista Andréia Mariane de Deus, de Sorocaba, no interior paulista. Certas doenças neurológicas - como a esclerose múltipla - também podem afetar a musculatura da pelve. Outros fatores de risco para essa condição são a obesidade e a tosse crônica, que aumentam a pressão abdominal.

O tratamento

Para prolapsos graves, a principal forma de corrigir o problema é por meio de cirurgia. "O objetivo é restaurar a anatomia e a função dos órgãos e aliviar os sintomas da paciente", esclarece Marair Sartori. Isso pode ser feito tanto por técnicas que restauram a posição da vagina e das estruturas que se deslocaram quanto por procedimentos que simplesmente fecham o canal vaginal e impedem que o órgão saia do corpo.
No caso de pessoas que não querem ou não podem fazer a cirurgia, uma alternativa é o uso do pessário, um anel de borracha que sustenta o útero no lugar.
Quando o quadro ainda está nos estágios iniciais, é possível evitar seu agravamento por meio dos chamados exercícios perineais, que visam fortalecer os músculos do assoalho pélvico e também mostrar à mulher a forma correta de contrai-los. Eles podem ser feitos utilizando técnicas como biofeedback - em que se pede à paciente que aperte e relaxe a musculatura enquanto os registros desses movimentos são visualizados num computador - e eletroestimulação, na qual choques estimulam a contração muscular.

Dá para prevenir?

Uma boa forma de afastar o prolapso genital é praticar os tais exercícios perineais - principalmente se você está grávida ou planeja ser mãe. Outras medidas preventivas são evitar os fatores de risco, a exemplo do ganho de peso, da constipação e até da tosse crônica. Praticar modalidades como ioga e pilates também é indicado - mas só se você tiver certeza de que está contraindo a musculatura da pelve corretamente. "Se feitos de forma errada, essas atividades podem até prejudicar e aumentar o risco de prolapso", diz Marair Sartori. Por isso, é fundamental, na visita ao ginecologista, checar a maneira certa de fazer esses movimentos.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sem constrangimentos: saiba como acabar com o chulé


É só tirar o sapato que todo mundo já sente aquele cheiro desagradável? Chega de ficar com vergonha: entenda e saiba como acabar com o chulé

Tirar o sapato na frente dos outros nem pensar? É, sofrer com chulé não é fácil, além de fazer mal à saúde, o cheiro desagradável afasta qualquer pessoa. Mas este mau cheiro é um problema comum, e qualquer pessoa pode ter. O importante é saber por que ele surge e como se livrar.
 
O chulé entre mulheres, homens, adultos, crianças ou idosos, é uma combinação de suor excessivo com bactérias. Essa reação química ocorre da seguinte maneira: o corpo humano transpira para que a temperatura de dentro do organismo possa ser regulada, e com os pés não é diferente. No entanto, esta parte do corpo é geralmente coberta por tênis, sapatilhas, entre outros, o que faz com que o suor não tenha como se dissipar, e então ele é fermentado juntamente com as bactérias presentes na pele produzido o chulé.
 
A questão é que o calor e a umidade fazem com que essas bactérias se proliferem cada vez mais “e aí quando não há uma frequência de troca de meia, de calçado, para deixar o pé respirar, acaba surgindo o mau cheiro”, afirma João Paulo Junqueira Magalhães Afonso, dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para se livrar do mal, o dermatologista João Paulo Junqueira Magalhães Afonso listou dicas preciosas para entender e evitar o aparecimento do chulé:


1- Limpe bem

Uma boa maneira de evitar o chulé é higienizando bem os pés. No entanto, o dermatologista não recomenda sabonetes antissépticos, porque eles podem causar outros tipos de irritação na pele, e, ainda, não matam apenas as bactérias ruins e podem causar um desequilíbrio no corpo humano. Um conselho é usar sabonetes comuns ou hidratantes.
 
2- Seque bem os pés
É importante sempre manter os pés bem secos, por isso ao sair do banho é necessário secar bem a planta dos pés e também entre os dedos, pois as bactérias tendem a se proliferar em lugares úmidos.
 
3- Prefira sapatos abertos
Facilitam a respiração dos pés, geralmente aqueles que vedam toda a entrada de ar tendem a causar mais chulé.

4- Nunca use o mesmo par de sapatos

Uma outra dica muito boa é trocar sempre os sapatos, o ideal é trocar durante o dia, mas se não for possível, é importante não usar o mesmo sapato no dia seguinte, deixando aquele par usado no dia anterior em algum lugar arejado e ensolarado.

5- Evite calçados de plástico

Plástico, borracha, materiais sintéticos são totalmente vedáveis o que auxilia na proliferação de bactérias, desta maneira, as pessoas ficam mais propensas a ter chulé.

6- Cuidado com o talco

De amigo a inimigo. Os talcos podem atrapalhar muito aquelas pessoas que têm suor excessivo nos pés, já que ao entrar em contato com eles uma "pasta" pode ser formada, assim, provocando inda mais a proliferação das bactérias já existentes.

7- Use meias de algodão

Elas são sempre as mais indicadas, já que esse material tem propriedades de absorver e de deixar o suor evaporar de uma maneira melhor. Diferente dos tecidos sintéticos, que não têm essa propriedade.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Menu anticâncer: o que você deve comer e o que evitar para afastar tumores

A ciência vem decifrando quais alimentos fazem a diferença na prevenção (e até no tratamento) dos tumores. Eis um cardápio com novas recomendações.

Dê flores ao seu prato

Brócolis, couve-flor, repolho, acelga, rúcula... Essa família, a das brássicas, é motivo de respeito quando se fala em comida com vocação para afastar tumores. Abordados em mais de uma palestra no Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer/Ganepão, que ocorreu em maio de 2014, esses alimentos são uma senhora fonte de glicosinolatos. Quando tais compostos são cortados e mastigados, há uma reação química que dá origem aos isotiocianatos, substâncias muito estudadas por sua ação anticâncer. "Elas protegem as células de elementos tóxicos como os poluentes", diz a nutricionista Rita de Cássia Castro, professora da Universidade Potiguar (RN). O mais famoso desse grupo, o sulforafano dos brócolis, ainda atua diretamente sobre o DNA, ativando genes supressores de tumores. 

Proteção que vem do mar

Não existe um grande evento científico de nutrição que deixe de contemplar o ômega-3, a gordura dos pescados marinhos. Até porque uma de suas propriedades é defender nosso corpo do câncer. Estudos epidemiológicos realizados na Ásia já associam o consumo de peixes ao menor risco de tumores mamários, por exemplo. Isso porque o mais prestigiado dos ácidos graxos tem um belo efeito anti-inflamatório. "Se o corpo vive em um estado de inflamação crônica, ocorrem agressões às células que podem afetar seu material genético", explica o nutricionista Fábio Gomes, do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para evitar esse processo que culmina na doença, dedique três refeições da semana a sardinha, cavalinha, salmão... 

De grão em grão...

...diminuímos a probabilidade de um câncer aparecer. Os grãos, no caso, são de feijão, ervilha, lentilha, soja e até o de bico. Integram a família das leguminosas, um dos melhores redutos de fibra do planeta. Essas substâncias interagem com a flora intestinal e colaboram para a formação do bolo fecal. Assim, nos domínios do intestino, fazem com que compostos tóxicos sejam eliminados antes de agredirem as células. As vantagens não se restringem à redução no risco do câncer de cólon. Pesquisas já demonstraram uma associação inversa entre a ingestão de fontes fibrosas e a incidência de tumores de mama e pâncreas. Aliás, os grãos escuros, como o feijão-preto, oferecem mais antioxidantes, legítimos zeladores celulares. 

O puro sumo da fruta fresca

É de perder a conta o número de substâncias encontradas nas frutas com capacidade de resguardar as células humanas. E a cada dia um estudo é publicado relatando as propriedades de fitoquímicos e afins. Na feira, porém, merece destaque a uva vermelha. Experimentos com o suco de uva integral realizados em cobaias pela biomédica Caroline Dani no Centro Universitário Metodista de Porto Alegre (RS) indicam que seus componentes barram inflamações e danos celulares capazes de levar ao câncer. Mas não precisa viver de uva, não. Trate de comer maçãs, laranjas... Até porque uma revisão assinada por estudiosos chineses revela que a ingestão de frutas em geral afugenta tumores gástricos. 

Espanta até tumor

O alho encabeça a seleção de alimentos anticâncer escalada pelo famoso oncologista francês David Khayat, do Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris. Segundo o professor, o tempero defende principalmente o esôfago, o estômago, os rins e o intestino. Seu talento? "Ele tem um antioxidante poderoso, a alicina", entrega Khayat. "Essa substância estimula o sistema imune a detectar e destruir células cancerosas e ainda pode induzir o suicídio dessas unidades defeituosas", explica. Aproveitamos melhor a alicina quando o alho chega ao prato cru, mas a versão cozida ainda agrega pitadas dela. 

Coma com os olhos

É que as cores ajudam a reconhecer uma qualidade dos vegetais: a presença de pigmentos que, dentro do organismo, labutam contra o câncer. Exemplos clássicos são o licopeno do tomate e o betacaroteno da cenoura e da abóbora. Ambos são antioxidantes de primeira, que anulam os radicais livres capazes de danificar o DNA. E olha que eles se tornam mais operantes após passar pela panela. "Os nutrientes da cenoura, por exemplo, são mais absorvidos pelo corpo depois que ela é cozida", diz o nutrólogo Sidney Federmann, de São Paulo. 


O rebanho agradece

Quem não dispensa carne vermelha no almoço e no jantar precisa rever esse hábito. O alerta vem de estudos populacionais que ligam seu consumo exacerbado ao câncer. Isso porque, apesar de ser fonte de proteína e ferro, ela está cheia de ácido graxo araquidônico. "Trata-se de um tipo de gordura saturada com perfil pró-inflamatório", explica a nutricionista Rosângela Passos, da Universidade Federal da Bahia. Se a inflamação é persistente, você já sabe... ponto para os tumores. Já há indícios, aliás, de que ferro em demasia e subprodutos formados na digestão da carne contribuam para danos permanentes às células. Melhor não extrapolar demais a cota de 300 gramas por semana.

Cuidado com o ponto!
Quando a carne é tostada demais - especialmente na grelha do churrasco -, ela fica impregnada de elementos cancerígenos. Esse fenômeno acontece quando um bife é exposto a mais de 300ºC. Por isso, os nutricionistas sugerem priorizar, no dia a dia, o cozimento na panela. 

Doçura demais estraga

O açúcar refinado também está pisando nos tribunais do câncer. E pode levar com ele refrigerantes, biscoitos e outros doces. Para o nutricionista Fábio Gomes, a acusação reside no fato de que seu abuso é um dos patrocinadores da pandemia de obesidade - e esta, por sua vez, deixa o terreno fértil para tumores. Só que a biologia já tem outra explicação que ligaria o apetite de formiga ao maior risco da enfermidade. Quando se enche a barriga de guloseimas e se esquece das fibras, bactérias patogênicas se proliferam no intestino. "E esse ambiente facilita a absorção de compostos carcinogênicos", revela Rosângela.

Perigo no hot dog

Ninguém vai propor que você nunca mais coloque a salsicha no meio do pão ou petisque um salaminho com os amigos vez ou outra. Mas esses presentes ao paladar devem ser vistos rigorosamente como exceções na rotina. É que os embutidos - e lembre-se de que falamos também de presuntos, mortadelas e linguiças defumadas - têm conservantes, os nitritos e nitratos, que, ao interagir com o suco gástrico da digestão, se transformam em nitrosaminas. "Elas podem se ligar ao DNA e atrapalhar a confecção de proteínas que regulam o ciclo celular", descreve Gomes. Aí já viu... De um erro microscópico surge um problemão. Além disso, embutidos costumam vir lotados de sódio e gordura saturada, outros sabotadores do organismo.
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sinusite: o fim desse mal

Quando o frio chega e a umidade dá uma trégua, abrem-se as portas para micróbios que levam à sinusite. E haja dor de cabeça, congestão nasal... Conheça todas as saídas para se livrar desse aperto.

Mulher com máscaraRespire fundo. No inverno o nariz sofre — e como sofre! Casacos guardados durante meses finalmente saem do armário, o ar está mais seco e a poeira voa livre, leve e solta por todos os cantos. Para piorar, a gente tenta esquentar o corpo se amontoando em locais fechados, um prato cheio para a proliferação de vírus e bactérias. Assim, está armado o circo para que as doenças respiratórias promovam seu show. Nesta época, gripes e resfriados dão o ar da graça e a rinite ataca, deixando as vias aéreas expostas a toda sorte de inflamações. Aí, basta um micro-organismo mais esperto aproveitar a brecha e pronto: instala-se a sinusite - ou rinossinusite, como preferem os especialistas. "É muito raro ocorrer a sinusite sem uma rinite", justifica Antônio Douglas Menon, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Quem já enfrentou o problema conhece os sintomas: a cabeça fica pesada e o rosto parece que vai explodir. Sem falar naquela secreção esverdeada que sai do nariz. Mas a doença às vezes dá sinais menos óbvios. "Rouquidão e tontura também podem ser indícios", exemplifica o otorrinolaringologista Fernando Chami, do Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, em São Paulo. Até dor de dente a sinusite, como ainda é popularmente conhecida, pode provocar. 


Sinuplastia

Felizmente, a ciência tem trabalhado para desenvolver novas soluções para dar fim a esse sufoco. A equipe do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, na capital paulista, trouxe ao Brasil uma cirurgia criada nos Estados Unidos, parecida com o procedimento usado para desentupir artérias do peito: a sinuplastia com balão. "É mais uma ferramenta para combater a rinossinusite", acredita o otorrinolaringologista João Flávio Nogueira. Menos agressiva do que a cirurgia tradicional, ela seria recomendada para crianças, idosos ou aqueles que não podem se expor a sangramentos, por exemplo.

"É importante frisar que a nova técnica não é a solução para todos os problemas", pondera João Flávio Nogueira. Ou seja: embora a sinuplastia apresente bons resultados - os pacientes que fizeram o teste passam muitíssimo bem -, o método requer indicações precisas, e nem sempre é a melhor escolha. A cirurgia tradicional, que como a nova operação também é guiada por videoendoscopia, continua cumprindo eficientemente o papel de desobstruir os seios paranasais - para isso, os tecidos que estão bloqueando as cavidades são cortados e removidos. "Hoje, ela melhora a qualidade de vida dos pacientes em cerca de 85% dos casos crônicos", aponta Renato Roithman, presidente da Academia Brasileira de Rinologia. A intervenção cirúrgica só entra em cena em casos graves ou quando todas as possibilidades de tratamento clínico falham.


Os causadores

Antes disso, é preciso identificar o que está por trás da sinusite. O quadro infeccioso pode ser desencadeado tanto por vírus como por bactérias ou fungos. "O tratamento varia de acordo com a origem do problema", diz Francini Pádua, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

Já para afastar uma sinusite alérgica - mais essa! -, não adianta lançar mão de remédios se o paciente continuar exposto aos fatores que causam a alergia. No outono e no inverno, detectar a causa fica um pouco mais simples. "Por volta de 95% dos casos de sinusite bacteriana acontecem depois de uma gripe", contabiliza Francini. Sabe quando ela não vai embora por completo? O nariz continua travado, escorrendo e o mal-estar não passa. O incômodo pode sumir sozinho, mas, se os sintomas perdurarem por mais de dez dias, é sinal de que uma bactéria entrou na jogada. O melhor, nessa situação, é correr para o médico. 


É sinusite?

"O diagnóstico é eminentemente clínico", afirma Luci Hidal, otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. No próprio consultório, o especialista analisa o histórico do paciente e realiza a rinoscopia, exame visual feito com o auxílio de um instrumento com formato de tubo, o espéculo. "É necessário checar o aspecto do nariz, do ouvido e da garganta", explica o otorrinolaringologista Luciano Neves, da Universidade Federal de São Paulo.

Uma análise mais detalhada é possível graças à nasofibroscopia - no caso, uma fibra ótica é introduzida no nariz e registra em vídeo o seu percurso pela cavidade nasal. "Os raios X simples também podem ajudar, mas não são essenciais", diz Neves. Dos exames de imagem, o mais pedido é a tomografia da face - ele é mais preciso, mas costuma ser solicitado sobretudo quando há suspeita de que seja um caso cirúrgico.

Pessoas com alergia ou asmáticos, por exemplo, estão na lista negra da sinusite. "Doenças alérgicas normalmente causam congestão da mucosa nasal e dos seios da face", constata Renato Roithman. "Isso prejudica a ventilação e propicia a instalação do processo infeccioso", acrescenta. Aí, forma-se um círculo vicioso: a alergia predispõe à sinusite, que, por sua vez, piora a alergia. O cigarro - precisa falar? - deixa a situação ainda mais crítica. Assim como a poluição, que irrita pra valer as vias aéreas. Claro que não só quem vive em grandes metrópoles está sujeito a esse infortúnio, mas ele agrava o quadro.


O bom e velho vapor

Se o seu nariz é um sofredor, saiba que a antiga recomendação de inspirar por alguns minutos o vapor produzido por um banho quente já dá uma boa aliviada nos sintomas. "Os vasos se contraem e facilitam a passagem do ar", explica Luciano Neves. Além do efeito sauna, não dispense a inalação e a lavagem do nariz com soro. Assim, a secreção fica mais fluida e tende a sair com maior facilidade. E o melhor: não há contraindicação. "Sempre que a pessoa sentir desconforto, pode inalar vapor ou lavar o nariz", libera Francini Pádua. Evitar ambientes com ar condicionado e beber bastante líquido - a hidratação é uma aliada nessas horas - também são de grande valia. 


Atenção

Mas muita atenção aos descongestionantes. "Esse tipo de medicamento gera dependência", alerta Neves. Como podem provocar taquicardia, não são recomendados a grávidas, crianças e idosos, por exemplo. E repare: os médicos não prescrevem seu uso por mais de cinco dias. "Na verdade, não existe medicamento isento de efeitos adversos. Por isso, a orientação de um profissional é indispensável", conclui Roithman.

E para cada caso há um remédio. Não importa se são anti-inflamatórios, antibióticos ou spray de corticoide, todos ajudam a desentupir a rota do ar, mas, batendo na mesma tecla, sempre, sob orientação de um especialista. "O tratamento pode levar meses", avisa Fernando Chami. Portanto, para quem está tentando mandar a sinusite para longe de uma vez por todas, aqui vai um conselho: respire fundo.


Fonte: Revista saúde