quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Dispensar cascas, folhas, talos e sementes dos vegetais e frutas na hora de prepará-los é jogar fora saúde e dinheiro. Essas partes dos alimentos concentram altas doses de nutrientes 
 

Acredite: talos, sementes e folhas rendem um bom caldo nas suas receitasFoto: Divulgação

Por acaso você já jogou fora casca de abacaxi, laranja ou banana, talos de beterraba, as folhas da cenoura, a parte branca da melancia ou sementes de abóbora? Pois está na hora de rever seus hábitos, para o bem da sua saúde e, de quebra, do seu bolso. “Aproveitar os alimentos por completo, sem dispensar nenhum pedaço, aumenta a ingestão de vitaminas, minerais e fibras. E, se o consumo for regular, ainda representa uma economia”, afirma Beatriz Tenuta Martins, professora do curso de Nutrição e Dietética do Senac São Paulo. Para se ter uma ideia, o aproveitamento integral dos alimentos representa uma economia de 20% a 40% - ou seja, de R$ 10 a R$ 20 em uma compra de R$ 50.

Nessa culinária inteligente, talos viram recheios de tortas e pizzas e incrementam sopas e massas de pães; sementes fazem as vezes de aperitivos e cascas se transformam em sucos, doces, geleias e compotas. Essa porção do alimento é rica em nutrientes, sim - mas talos, sementes e cascas podem ser tão ou mais ricos em vitaminas e minerais. E não é só: as cascas, como os talos, contêm muita fibra. “Como sempre podem variar o tipo e a quantidade de nutrientes presentes em cada parte dos vegetais e frutas, o ideal é consumi-los inteiros, pois não podemos desprezar os benefícios da polpa”, lembra a nutricionista Ana Rosa Cunha, professora do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Vamos lá?

Como aproveitar os alimentos por inteiro


• Todos os talos (atenção: menos o de mandioca, porque é tóxico) podem ser aproveitados picados ou triturados em massas de bolos, pães e panquecas e ainda em ensopados, omeletes, farofas, recheios de tortas, suflês, bolinhos ou misturados em sopas. Podem, ainda, ser utilizados no preparo de saladas, arroz e patês ,
• A entrecasca (que fica entre a polpa e a casca) da melancia, do melão e do maracujá pode ser preparada em forma de compota. E a de melancia, se refogada com carne moída, fica igual ao chuchu.
• Folhas de cenoura e beterraba cruas caem bem na salada. E as de batata-doce, couve-flor, abóbora, mostarda e rabanete, refogadas.
• Cascas de laranja, tangerina e maracujá viram deliciosas geleias. As de maçã e mamão incrementam vitaminas de frutas. Anote aí: a casca da laranja tem 40 vezes mais cálcio do que a polpa, enquanto as da maçã e da mexerica têm o dobro de vitamina C em relação à polpa
• Aproveite a água de cozimento da beterraba e das batatas para fazer gelatinas vermelhas ou um arroz colorido.
• Bata no liquidificador cascas de abacaxi e goiaba, coe e faça um suco, que pode ainda ser os itens líquidos de receitas de bolos. Detalhe: a casca do abacaxi tem 38% mais vitamina C do que a polpa
• Sementes torradas e moídas se tornam farinhas no preparo de bolos, pães e biscoitos. Se for preciso, complete com farinha comum.

Alimentos que valem ouro


TALO DE BETERRABA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: possui flavonoides, que protegem contra o envelhecimento das células.

Como usar: pique os talos e refogue-os com cebola e alho. Misture com ricota e faça um patê diferente

Sugestão de receita: Mandioca com talos gratinados

Ingredientes: 1 kg de mandioca cozida + 2 colheres (sopa) de margarina + 1 litro de leite + Talos e folhas de espinafre, beterraba, couve-flor e nabo + 2 colheres (sopa) de óleo + Alho, cebola picadinha e sal a gosto

Modo de preparo: Bata a mandioca no liquidificador até formar um creme e faça um purê: leve ao fogo com a margarina até ferver; acrescente sal a gosto e reserve. À parte faça um refogado com alho, cebola e talos. Em um refratário, coloque metade do purê de mandioca, por cima o refogado de folhas e, por último, a outra metade do purê. Leve ao forno preaquecido (180 ºC) para gratinar por 10 minutos.

Rendimento: 10 porções/ Custo: R$ 2,11 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)


CASCA DE LARANJA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: excelente fonte de cálcio e vitamina C

Como usar: retire a parte branca da casca e ferva-a três vezes para tirar a acidez. Corte as cascas em tiras e ferva-as em água e açúcar para caramelizar. Cubra com açúcar cristal.

Sugestão de receita: Biscoitinhos de cascas de laranja

Ingredientes: 1 colher (sopa) de cascas de laranja em pedacinhos + 2 colheres (chá) de fermento em pó + 1 colher (chá) de sal + 4 xícaras (chá) de farinha de trigo + 1 xícara (chá) de açúcar + 200 gramas de margarina + 1 ovo

Modo de preparo: Bata bem a margarina com o açúcar na batedeira, junte o ovo e as cascas de laranja. Acrescente os ingredientes restantes e trabalhe a massa com as mãos, até que ela fique com uma textura homogênea e não grude mais nos dedos. Em seguida, abra a massa com um rolo de macarrão e modele os biscoitinhos com cortadores divertidos ou com a abertura de um copo ou xícara. Ao final asse em forno moderado (200ºC) até dourar levemente – cerca de 25 minutos.

Rendimento: 120 porções/ Custo: R$ 0,07 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)


SEMENTE DE ABÓBORA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: possui fósforo, que retém o cálcio nos ossos e dentes; e magnésio, com ação anti-inflamatória.

Como usar: lave e seque as sementes. Depois, basta adicionar sal, tostá-las no forno e servir como aperitivo.

Sugestão de receita: Sopa campestre

Ingredientes: 12 espigas de milho + 1,5 litro de água + 3 colheres (sopa) de margarina + 1 cebola média picadinha + 1 xícara (chá) de leite + Sal e pimenta do reino branca a gosto + 1 prato fundo de folhas de couve-flor misturadas com sementes de abóbora tostadas.

Modo de preparo: Corte os grãos de milho bem rente às espigas e bata-os no liquidificador com um pouco de água. Passe essa mistura por uma peneira fina, apertando bem para retirar a maior quantidade de liquido. Reserve esse caldo e o bagaço que fica na peneira. Em uma panela grande com fundo espesso, esquente a margarina e frite a cebola até começar a dourar. Junte o caldo e o bagaço de milho. Deixe levantar fervura e cozinhe em fogo brando, mexendo sempre com uma colher durante 50 minutos. O caldo deve ficar cremoso. Adicione o leite e cozinhe por um período de 10 a 15 minutos. Coloque sal e pimenta. Um pouco antes de servir, acrescente as folhas de couve-flor fatiadas e as sementes de abóbora tostadas.

Rendimento: 8 porções/ Custo: R$ 1,96 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)

Fonte: revista saúde

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vitamina D e seus poderes

A lista de problemas que têm alguma ligação com a deficiência do nutriente não para de crescer. Será que você está com as doses adequadas?

"Nenhum medicamento até hoje descoberto cura as moléstias de peito e vias respiratórias ou restabelece os débeis, os anêmicos e os escrofulosos [tuberculosos] com tanta rapidez.” Esse era o texto de uma propaganda sobre óleo de fígado de bacalhau no jornal O Estado de S. Paulo em setembro de 1890. Embora o tônico supostamente prevenisse um sem-fim de doenças, as razões por trás disso eram um mistério. Isso porque, na época, não se conhecia a vitamina D, um dos principais componentes desse óleo — ela seria revelada pela ciência apenas em 1922. Passado quase um século de sua descoberta, a substância continua dando o que falar. “Hoje, sabemos que 200 genes regulam seu aproveitamento e que ela responderia por 80 funções no organismo”, contextualiza o endocrinologista americano Michael Holick, da Universidade de Boston, um dos maiores estudiosos do tema.

Todo esse buchicho levou a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) a lançar o primeiro consenso sobre o assunto por aqui. No documento, eles destacam a importância da vitamina D em diversas áreas da saúde baseados em evidências recentes. “A ideia é solucionar questões que permaneciam em aberto, facilitando o trabalho do profissional”, afirma a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das autoras do artigo. A diretriz ainda traça uma recomendação mínima de aporte diário em diferentes momentos da vida (0 a 12 meses: 400 UI; 1 a 8 anos: 400 UI; 9 a 18 meses: 600 UI; 19 a 69 anos: 600 UI; mais de 70 anos: 800 UI; gestantes e lactantes: 600 UI).

Ocorre que, infelizmente, o número de pessoas com deficiência do nutriente impressiona. Apesar de ele variar, estima-se que mais da metade dos brasileiros não atinge os índices preconizados. “A exposição diária ao sol, nossa principal fonte, é cada vez menor”, observa o endocrinologista Francisco Bandeira, da Universidade de Pernambuco. E essa escassez pode cobrar um preço elevado na saúde de ossos, músculos, coração...

O papel mais conhecido da vitamina D é na saúde óssea. “A deficiência dela se relaciona ao raquitismo em crianças e à osteomalacia, quando os ossos ficam menos densos, em adultos”, ensina Marise. Vamos por partes. Uma vez disponível, o nutriente viaja até o intestino, onde facilita a absorção do cálcio presente nos alimentos. Portanto, sua falta leva a uma menor disponibilidade do mineral que compõe o esqueleto. E, ao longo das décadas, isso abre as portas para a osteoporose. Aliás, o cuidado deve ser redobrado em mulheres na menopausa e nos idosos, mais suscetíveis às alterações que corrompem a ossatura.

Efeitos dos pés à cabeça

O alvo da nossa reportagem é protagonista em outro componente básico da locomoção: a musculatura. “Ela participa da formação de fibras musculares e garante, por meio do melhor aproveitamento do cálcio, a contração adequada desse grupo de células”, destaca o endocrinologista Antonio Carlos do Nascimento, de São Paulo. A exemplo do que ocorre com a massa óssea, sua rareza nos músculos provoca atrofia e fraqueza. Nos indivíduos de idade avançada, o cenário patrocina quedas. E isso, junto com ossos fragilizados, faz subir bastante o risco de fraturas.


Mas será que restabelecer os níveis da vitamina seria suficiente para evitar tais problemas? Parece que sim. Pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, deram suplementos da substância a pessoas acima de 60 anos por 12 meses. Ao final do período, o perigo de os tombos acontecerem caiu 49%. Outros levantamentos relatam que músculos importantes nas passadas, como os flexores do quadril e os extensores do joelho, ficam fortalecidos quando há a reposição. “A suplementação é indicada nessa faixa etária, até porque, depois dos 70 anos, a pele perde a capacidade de gerar o suficiente de vitamina D, mesmo se exposta ao sol”, justifica o endocrinologista Sergio Maeda, da Unifesp, outro que assina o documento da Sbem.

Os obesos também precisam se atentar às baixas do nutriente. É que os adipócitos, células onde a gordura se deposita, retiram a vitamina D da circulação. “Quanto maior o tecido adiposo, mais ela é sequestrada”, assegura a endocrinologista Victoria Borba, da Universidade Federal do Paraná. Não está provado, porém, se a falta da molécula estimula o ganho de peso. “Os estudos nesse sentido são preliminares e trazem resultados conflitantes”, diz.

Fato é que o coração se dá mal com essa carência. Um artigo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, atesta que o déficit predispõe doenças cardiovasculares. Contudo, a explicação de tal fenômeno permanece uma incógnita. Algumas teorias dão conta de que a vitamina D regularia a renina, uma enzima importante no ajuste da pressão arterial. Outras defendem que atuaria na proliferação de células cardíacas e vasos sanguíneos. “Em Pernambuco, vimos que indivíduos com a deficiência tinham infartos mais graves”, revela Bandeira. Além disso, o consenso brasileiro calcula que desfalques sérios elevam em 50% a probabilidade de morrer por acidente vascular cerebral (AVC) e ampliam de três a cinco vezes o risco de morte súbita.
A despeito de tantos perrengues, aparentemente a suplementação não tem efeito positivo em coração, veias e artérias. Pelo menos experts da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, não encontraram uma relação entre o consumo de pílulas ou gotinhas e o menor perigo de eventos cardíacos numa experiência com 5 mil voluntários. O conselho, nesse sentido, seria não deixar os níveis abaixo do estipulado por muito tempo.

Recentemente, a descoberta de receptores de vitamina D nas células beta do pâncreas, responsáveis por fabricar insulina, levou os cientistas a avaliarem um possível elo com o diabete. “O pâncreas só vai secretar esse hormônio da maneira correta se estiver com a concentração adequada do nutriente”, endossa o endocrinologista Anthony Norman, da americana Universidade da Califórnia, que detectou, na década de 1960, esses receptores no intestino e, posteriormente, em outros órgãos. “Em resumo, acreditamos que a deficiência contribuiria para o aumento da glicose no sangue”, teoriza.
 
O consenso da Sbem reúne outros trabalhos científicos, todos em fase preliminar, que apontam um risco duas vezes maior de desenvolver diabete tipo 1 entre crianças com déficit da vitamina — se suplementadas, a associação despencava 33%. Já em ratos adultos com taxas mínimas, a elevação da substância na circulação acarretou uma queda de 4% na probabilidade de o tipo 2 da doença aparecer. É esperar para ver se esses indícios se confirmam.

Na caça por mais evidências

Certos tumores começam a figurar na lista de males provocados pelo estoque baixo de vitamina D. “Em estudos populacionais, sua falta foi ligada ao câncer de intestino, embora os resultados tenham sido inconclusivos em relação aos de mama e próstata”, comenta Maeda. Em testes de laboratório, especialistas conseguiram inibir o crescimento de células tumorais com a administração da molécula. “Entretanto, os efeitos em seres humanos não foram comprovados e a suplementação não pode substituir abordagens terapêuticas convencionais”, pondera o médico.


As enfermidades infecciosas são outro nicho de achados promissores. “A vitamina D estimularia os macrófagos, um tipo de célula de defesa, a sintetizar proteínas que combatem as bactérias causadoras da tuberculose”, exemplifica o endocrinologista Francisco José Albuquerque, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Por incentivar o sistema imunológico, ela também exerceria uma influência bastante positiva contra infecções vaginais, cutâneas, bucais...

Doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, por sua vez, parecem se tornar ainda mais agressivas quando a vitamina D está no chão. Mas, ao abordar esse tipo de encrenca, não há ponto que suscite mais polêmica do que a suplementação da molécula contra a esclerose múltipla. De um lado, alguns poucos profissionais defendem piamente sua aplicação, em doses cavalares, nos pacientes. Do outro, a Academia Brasileira de Neurologia contraindica a prática, argumentando que não existem provas suficientes para oferecê-la como terapia única. “Esse tratamento é meramente experimental, sem quaisquer conclusões definitivas”, afirma Nascimento.

Aliás, a ausência de pesquisas contundentes em diversas áreas da saúde que envolvam a vitamina D é o ponto que mais preocupa as autoridades. “Nós temos exemplos de outras vitaminas e hormônios supervalorizados no passado. Depois, ficou provado que eles não eram tão espetaculares assim”, contrapõe Albuquerque. Para bater o martelo nos tópicos menos consolidados, diversos trabalhos vêm sendo conduzidos neste exato momento — espera-se que as primeiras conclusões sejam publicadas a partir de 2017. “O maior deles, o estudo Vital, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, vai corroborar, ou não, o que se especula acerca da substância”, antecipa a endocrinologista Marta Sarquis, da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi-se o tempo em que a vitamina D estava na penumbra de elixires mágicos. Mas ainda falta muito para compreendermos todos os seus mistérios.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Saiba por que você deve incluir a uva na dieta

Estudo recente diz que comer uvas alivia a artrose. Mas os motivos para consumir a fruta não param por aí.

As uvas de cor vermelha ou roxa oferecem mais antioxidantes exatamente pela sua pigmentação.

Estudiosos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, notaram que a fruta ajuda a abrandar a dor e melhorar a flexibilidade das articulações dos joelhos. Segundo os especialistas, o efeito viria dos polifenois concentrados nas uvas. "É um indício importante de que alimentos aliviam o quadro, mas precisa ser mais investigado", pondera o médico Ricardo Fuller, da Sociedade Brasileira de Reumatologia. De qualquer forma, não custa experimentar. Frutas são sempre bem-vindas à rotina.
Outros benefícios
Além de estar cheia de carboidratos - que fornecem energia para o corpo -, a uva atua na prevenção de diversas doenças. Rica em antocianina (um potente antioxidante), ela ajuda a evitar a formação de coágulos nos vasos. Com isso, o risco de os males cardiovasculares aparecerem diminui bastante. Estudos apontam que a fruta ainda eleva o sistema imunológico, afasta o câncer e preserva a memória.


Variedades

Niágara
É a mais consumida entre os brasileiros. Sorte nossa porque também está entre as mais recomendadas devido ao seu alto teor de antioxidantes.

Itália
Seu forte são as doses generosas de vitaminas do complexo B, cálcio e potássio. Ela também é conhecida por suas propriedades antibacterianas e antivirais.

Rubi
De origem europeia, ela tem muita vitamina C e resveratrol, uma substância que atua na prevenção de diversas doenças - de infarto a câncer. É uma boa pedida pra quem quer reduzir os níveis de LDL, o mau colesterol.

 Fonte: Revista saúde

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Saiba como se formam as aftas e o que fazer para acabar com elas

Essa lesão bucal incomoda muita gente. Fique por dentro de como ela surge e conheça o jeito certo de combatê-la.

O que acontece na boca

1. Machucadinho de nada?
Embora a ciência não tenha uma explicação 100% definida para a origem da afta, já se sabe que ela começa com um machucado na camada superficial da mucosa da boca, o tecido epitelial. A agressão é fruto de déficit vitamínico, baixa na imunidade, excesso de acidez ou até traumas, caso de uma mordida.

2. Aí vem a inflamação
Com a ruptura do epitélio, um tecido mais profundo, o conjuntivo, fica à mostra. Aí, os linfócitos, células de defesa do organismo, passam a se aglomerar na tentativa de regenerar a área. Mas o excesso de soldados instaura, também, uma inflamação no local.

3. Eis a afta
Para piorar, a ferida costuma atrair bactérias que habitam a cavidade oral. Essa infecção agrava o estado inflamatório. Como o tecido conjuntivo é repleto de terminações nervosas, a confusão toda acaba gerando ardência, coceira e dor, além daquela cobertura úmida e esbranquiçada típica da afta.


As causas do problema

Comidas duras
Alimentos difíceis de morder, como o amendoim, podem lesionar a gengiva. Se a afta já apareceu, abusar deles piora o cenário.

Apimentados e afins
Condimentos irritam o epitélio. Já bebidas e alimentos ácidos mexem com o pH da boca e fragilizam a mucosa.

Boca nervosa
Mastigar lápis, canetas e outros objetos é uma mania que aumenta muito o risco de esse tecido sofrer um trauma.


Tratamento

Fármacos
Médicos podem prescrever lenços umedecidos ou pomadas com anestésicos e anti-inflamatórios. Em certos casos, até drogas orais entram na receita.

Alimentação
Ingira legumes e vegetais escuros, como a couve. Eles têm vitaminas do complexo B e ferro, que dão força à mucosa bucal. Melhor comê-los frios e pastosos.

Novas técnicas
Atualmente, em casos mais severos e agressivos, os dentistas aplicam lasers terapêuticos de baixa potência na lesão para que ela cicatrize depressa.

 
Fonte: Revista saúde