terça-feira, 29 de março de 2016

Emoções têm impacto importante na artrite reumatoide

Emoções têm impacto importante na artrite reumatoide
Estudo realizado no Brasil mostra que a doença degenerativa é influenciada pelos sentimentos negativos.




Ações simples como dobrar os joelhos ou pegar um objeto podem ser um verdadeiro martírio para quem sofre com a artrite reumatoide. A enfermidade, que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, é marcada pela liberação de moléculas inflamatórias que agridem a membrana sinovial, camada que reveste as articulações. Se nada é feito, a destruição progride até chegar aos ossos.
Agora, um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos a pedido do laboratório Pfizer com 200 pacientes de cinco capitais brasileiras revela como as emoções negativas permeiam o problema nas juntas. Os dados apontam que 54% dos pacientes acreditam que a doença se origina na alma e 45% relacionam o surgimento das dores articulares com sentimentos ruins. E esse é apenas o começo: metade dos respondentes declarou que desenvolveu a condição apenas por causa do estresse ou do sedentarismo e 19% sentem culpa por terem artrite reumatoide. Claro, essas percepções não querem dizer que as emoções originam a doença, porém deixam claro como ela afeta (e é afetada) pelo estado emocional de cada um.  

Por outro lado, mais de 91% declara ter apoio dos familiares após o diagnóstico. De acordo com eles, isso ajudou muito a encarar os desafios que a enfermidade traz. Um quarto deles também recorreu a psicólogos, terapeutas e grupos de apoio para reequilibrar os ânimos e enfrentar a doença com foco total.  “Não podemos ignorar o impacto da artrite na sociedade, na família e para o próprio indivíduo”, ressalta a médica Lícia da Mota, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Outro fator que dificulta o tratamento e prejudica pra valer o bem-estar é a demora em flagrar a doença. A mesma pesquisa conduzida em território nacional mostrou que o indivíduo visita, em média, três médicos antes de saber a razão do incômodo nas dobradiças do corpo. Essa via-crúcis chega a se arrastar por mais de dois anos em 20% das vezes. Procurar o reumatologista e fazer o diagnóstico por meio de exames de sangue e uma radiografia de mãos e pés pode facilitar o processo e garantir que a doença não afete demais as articulações - nem o estado emocional.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 22 de março de 2016

Ter o coração saudável é bom para o cérebro

Pessoas com a saúde cardiovascular em dia teriam menos risco de desenvolver declínio cognitivo.
 
Ter o coração saudável é bom para o cérebro
 
 
Em algumas pessoas, habilidades como aprendizado, memória e outras tarefas mentais são abaladas com o passar do tempo. É o chamado declínio cognitivo. Mas, segundo um estudo da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, uma das soluções para evitar o problema é manter o coração firme e forte. Os cientistas realizaram, em 1 033 adultos, uma série de testes para avaliar a rapidez de raciocínio, a memória e a concentração. Seis anos depois, 722 indivíduos repetiram os mesmos testes.  A equipe descobriu, então, que os voluntários com uma boa saúde cardiovascular no início da investigação alcançaram resultados melhores na segunda etapa da análise, apresentando menor risco de desenvolver declínio cognitivo. E essa relação foi ainda mais forte tanto para os que não fumavam como para aqueles no peso ideal e com níveis de glicose sanguínea normais. Apesar da boa notícia, os pesquisadores afirmam que ainda faltam estudos para determinar quais fatores específicos são responsáveis pelo benefício. Mas uma coisa é certa: cuidar do coração só traz vantagens. 
 
 
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 15 de março de 2016

Mexer o corpo protege contra o Alzheimer

Mexer o corpo protege contra o Alzheimer
Segundo estudo, vários tipos de atividades (até jardinagem!) ajudam a afastar a doença.
 
Pesquisadores das universidades da Califórnia e de Pittsburgh, ambas nos Estados Unidos, analisaram por um bom tempo os hábitos e a memória de 876 pessoas, que hoje têm uma média de 78 anos de idade.  Além disso, os voluntários se submeteram a exames, como o de ressonância magnética. 

Toda essa investigação revelou, então, que a turma que se exercitava mais tinha um cérebro maior, sobretudo em áreas associadas à memória e ao Alzheimer, a exemplo do hipocampo. Inclusive, os experts calcularam que o risco de desenvolver a doença caiu pela metade nesse pessoal. E tem mais: os indivíduos que já apresentavam um comprometimento leve das funções cognitivas também foram beneficiados ao mexer o corpo. E olha que notícia boa: vale qualquer tipo de movimentação. Além de ginástica e caminhadas, até jardinagem já traria vantagens para a cabeça.  

Hábitos como ler, estudar e aprender novas habilidades ajudam, e muito, a prevenir Alzheimer.

Praticar atividade física, comer de forma equilibrada e manter a mente sempre funcionando são medidas capazes de afastar (ou pelo menos retardar) as chamadas demências, grupo de doenças que inclui o Alzheimer e o Parkinson.
Embora a ciência já soubesse disso, o Relatório Global de Alzheimer 2014, divulgado recentemente pela organização não governamental Alzheimer's Disease International, reforçou essa tese. Há, segundo o estudo, evidências científicas significativas de que baixa escolaridade, maus hábitos alimentares, hipertensão e cigarro são fatores associados ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas na terceira idade. Por isso, a entidade alerta para a urgência de combatê-los por meio da adoção de uma vida mais saudável e ativa desde cedo. Confira a seguir quatro atitudes importantes para ter uma velhice cheia de saúde:
 
1. Mantenha a cabeça em funcionamento
Estudar, ler, desenvolver novas habilidades e até conviver com diferentes tipos de pessoas são atividades que estimulam os neurônios a estabelecerem mais conexões entre si. E quanto maior for essa comunicação entre as células nervosas, melhor. Desse modo, o cérebro tem mais capacidade de contornar eventuais falhas e até retardar a manifestação de demências. Para ter ideia, a inatividade cognitiva aumenta em 19% o risco de ter Alzheimer, segundo o neurologista Paulo Bertolucci, da Universidade Federal de São Paulo..
 
2. Durma bem
Uma boa noite de sono é fundamental para manter a cabeça em ordem. Afinal, é nesse período que gravamos tudo o que aprendemos. O ideal é um repouso sem interrupções e relaxar antes de ir para a cama. "Evite trabalhar e ficar no computador", indica a bióloga Elke Bromberg, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 
 
3. Pratique exercícios
Estudos apontam que a atividade física protege contra demências. Os mecanismos envolvidos nesse processo ainda não são totalmente conhecidos. "Sabe-se que a atividade física libera neurotrofinas, substâncias que ajudam na memória", diz Elke.

4. Tenha uma alimentação balanceada

Comer de forma equilibrada é muito importante para manter o corpo saudável - da cabeça aos pés. Um menu aclamado por afastar males cardiovasculares e também o Alzheimer é a dieta do Mediterrâneo, que inclui frutas, verduras, cereais, peixes, azeite e o consumo moderado de vinho. É que, além de priorizar alimentos saudáveis, ela é fonte de ômega-3. Estudos sugerem que essa gordura do bem - encontrada em peixes como salmão, atum e sardinha - reduziria o risco de declínio cognitivo. Outras substâncias que resguardam o cérebro são os antioxidantes, que combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células. Eles estão presentes principalmente em frutas, vegetais e oleaginosas.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 8 de março de 2016

“Ficou fácil culpar o glúten por todos os problemas do intestino”

Ficou muito fácil culpar o glúten por todos os problemas do intestino
Especialista australiano acredita que a sensibilidade não celíaca pode ser causada por outros componentes além do glúten.
 
 
Na série sobre o glúten, conversamos com o gastroenterologista Peter Gibson, professor da Universidade Monash, na Austrália. O pesquisador ficou conhecido ao publicar os primeiros experimentos sobre a existência da sensibilidade não celíaca ao glúten, nos anos de 2011 e 2013. Na entrevista, ele fala sobre a possibilidade de o problema não ser provocado pela proteína, mas por outras substâncias presentes no trigo.

Plantas como o trigo sofreram modificações genéticas que podem impactar a saúde humana?

As mais diferentes variedades de trigo foram desenvolvidas para suportar condições extremas, como a seca, e ainda assim promover aumento da produção. Isso levou a mudanças na composição do grão, como maiores quantidades de carboidrato, já que essa vantagem é utilizada pela própria planta para crescer diante de situações nada favoráveis. Além disso, o trigo com mais glúten faz um pão melhor. Logo, espécies com teores elevados dessa proteína foram privilegiadas na agricultura. Não se sabe, porém, se essa característica tem algum efeito na saúde do ser humano. As melhorias no plantio do trigo trouxeram grandes benefícios ao mundo, uma vez que ele é uma das maiores fontes de energia e nutrientes que temos. Mais do que isso, essas modificações contribuíram para melhorar a saúde das pessoas, pois ajudaram a combater a desnutrição. 

A sensibilidade não celíaca pode estar relacionada a outros elementos além do glúten?

O trigo tem uma série de componentes e muitos deles estão relacionados à indução de sintomas. Ficou muito fácil culpar o glúten por todos os problemas do intestino. Carboidratos de difícil absorção, também presentes no trigo, podem desencadear a síndrome do intestino irritável. Mas há pessoas que são sensíveis ao glúten ou a outras proteínas presentes no trigo. Sem contar que existe uma série de alergias relacionadas ao grão que também precisam ser consideradas. 

Esse campo de pesquisa sobre a sensibilidade não celíaca ainda é muito recente? Ou já temos confirmações sobre seus mecanismos?

Nós estamos conduzindo quatro grandes estudos. Neles, recrutamos voluntários que responderam bem a uma dieta sem glúten e reintroduzimos a proteína na alimentação em metade do grupo. Nas quatro pesquisas, nós encontramos uma porção de indivíduos que desenvolveu sintomas por causa do glúten, mas, em outra parte, os incômodos não estavam relacionados ao componente em si. O que podemos concluir é que efeitos induzidos pelo glúten especificamente são bastante incomuns. Os trabalhos atuais levam a entender que cerca de 90% dos pacientes com alimentação sem glúten se sentem bem por outros motivos, e não pela exclusão da proteína em si. 

Como diagnosticar a sensibilidade não celíaca?

A única maneira seria realizar estudos controlados, em que nem os voluntários, nem os cientistas, saibam quem está ingerindo a proteína e quem não está. Mesmo se tivéssemos essa possibilidade, os resultados são de difícil interpretação, especialmente quando a resposta do indivíduo está relacionada a um fator psicológico. Por enquanto, não sabemos como realizar o diagnóstico. Quando entendermos o mecanismo fisiológico do problema, nós conseguiremos detectar a sensibilidade com precisão.

As estatísticas dizem que 1% da população tem doença celíaca e 5% manifesta a sensibilidade não celíaca. Porém, um terço das pessoas diz querer retirar o glúten da rotina. Como interpretar esse conflito estatístico?
Nós ainda não sabemos quantas pessoas realmente têm a sensibilidade não celíaca. Conhecemos, porém, os 15% da população com síndrome do intestino irritável. Inclusive, uma grande proporção deles desenvolvem sintomas relacionados à ingestão de determinados alimentos, mas nunca procuraram o médico para saber o que está acontecendo. Reduzir a ingestão de trigo pode ajudar pelo menos 70% das pessoas que fazem parte deste grupo. Não por causa do glúten, mas porque eles deixarão de consumir um importante exemplar dos carboidratos de difícil digestão, conhecidos pela sigla FODMAPs.  


Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 2 de março de 2016

Afinal, o que o colesterol faz no nosso corpo?

Saúde Responde Tudo: ColesterolDescubra sua função e de onde ele vem.
 
 
Pode até parecer incoerente, já que o desequilíbrio dessa gordura traz encrencas. Mas é justo dizer: o colesterol é vital para o nosso corpo. Não estamos ignorando, lógico, entupimentos nas artérias e outros malefícios que fazem colesterol soar como um palavrão. Mas o fato é que nenhuma célula do organismo vive sem ele. Cada uma delas é envolvida por uma camada dessa gordura que facilita a entrada e a saída de substâncias. No cérebro, esse revestimento evita curto-circuitos nos neurônios. O colesterol tem a ver também com a fabricação da bile, ou seja, está ligado à digestão. E, sem ele, desanda a produção dos hormônios sexuais, da vitamina D e do cortisol, responsável por reações de alerta, e até o combate a inflamações.

De onde vem o colesterol?

Para dar conta da trabalheira de fazer funcionarem direito cérebro, músculos, pele, intestinos... – enfim, cada pedacinho do organismo –, o colesterol não pode faltar de jeito nenhum. O corpo então, espertamente, trata de produzir 70% de toda essa gordura essencial para suas atividades. É como se ele fosse uma usina e os órgãos representassem diferentes bancadas, todas gerando uma quantidade dessas moléculas. Mas, embora haja essa participação generalizada na fabricação interna, o fígado é o campeão indiscutível de produtividade. Entre as muitas funções dessa glândula grandalhona (a maior do corpo humano) está a de sintetizar o colesterol, que é a principal matéria-prima na formação da bile. Esse líquido esverdeado e de gosto amargo, por sua vez, digere a gordura que passeia pela corrente sanguínea. Uma parte da bile é eliminada pelas fezes, outra é reabsorvida, recomeçando todo o processo.
Mas ainda está faltando 30% da carga de colesterol, certo? Essa parte vem dos alimentos que ingerimos, sejam de origem animal, como as carnes e os queijos, sejam de origem vegetal, como o óleo de dendê. E nesse entra e sai de gordura no sangue, o fígado tem outro papel importante: atuar como controlador de estoque. Se tem pouco colesterol em suas reservas, ele cria receptores para captar as moléculas que estão na circulação. Agora, quando está lotado de gordura, freia esse mecanismo e deixa o excesso de colesterol passeando pelo sangue.

Fonte: Revista saúde