quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Manter-se em boa forma física ajuda a proteger o coração?

Resultado de imagem para coração saúdeCom certeza! A obesidade e o sedentarismo estão entre os principais fatores de risco para problemas cardíacos.

 

Não deixar que o sobrepeso e a obesidade tomem conta do pedaço é uma meta que vai muito além da vaidade. Já está comprovado que existe uma relação direta entre o excesso de peso e o surgimento de males como hipertensão, diabete, taxas altas de triglicérides e baixas de HDL, o colesterol bom.
Se por si só essas condições contribuem para o aparecimento das doenças cardiovasculares, quando se aliam ao sedentarismo, então, o perigo dispara. E no Brasil, veja só, tanto o peso de sobra como a inatividade física são a realidade para mais da metade da população

Ninguém aqui vai discordar que a correria do dia a dia tem a ver com esses dados preocupantes. É difícil mesmo resistir à praticidade do combo hambúrguer, batata frita e refrigerante no almoço quando a agenda está apertada. E o que dizer de achar tempo para malhar? Quando a gente se dá conta, os quilos se acumulam e vem aquela falta de ar até pra subir alguns degraus — é o coração se esforçando cada vez mais para bombear o sangue.

Não é para sair por aí fazendo loucuras para emagrecer de qualquer jeito, claro. Os ganhos em saúde e bem-estar dependem de adaptações muitas vezes simples e prazerosas. A prática de exercícios físicos é uma delas. E nem estamos falando necessariamente de se matricular numa academia. Basta incluir uma caminhada em algum momento do dia. Da mesma forma, fazer escolhas saudáveis à mesa não é nenhum bicho de sete cabeças. Com o tempo, acredite, você estará celebrando os benefícios: perda de peso, menos ansiedade, ganho de fôlego, melhora no padrão do sono…

 Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O que o espinafre tem de melhor

A hortaliça ajuda na saúde ocular e dá força para os exercícios, e ainda combate a anemia.

Espinafre

Relatos apontam que, no final do século 19, pesquisadores erraram a vírgula ao quantificar o teor de ferro do espinafre. O vegetal passou décadas com a fama de esbanjar o mineral e por isso foi, inclusive, o eleito para dar forças ao intrépido marinheiro Popeye. Tempos depois ficou comprovado que suas folhas não são as melhores fontes do nutriente. Entretanto, elas concentram excelentes teores de ácido fólico, uma vitamina que também atua contra a anemia. Portanto, apesar do equívoco técnico, ele merece prestígio no embate contra o desânimo e a falta de força.

Para completar, a hortaliça garante energia de sobra para os músculos. O efeito tem relação com uma substância conhecida como nitrato e que no nosso organismo se transforma em óxido nítrico, favorecendo uma melhor utilização do oxigênio pelas células musculares. Trata-se de um grande serviço para os praticantes de atividade física, particularmente.

E, graças aos carotenoides, o alimento é um paladino da saúde ocular. Ao menos três integrantes desse clã de pigmentos aparecem ali. Há o betacaroteno, precursor da vitamina A e que afasta a catarata, e, ainda, a luteína e a zeaxantina,relacionadas ao menor risco de degeneração macular, outra causa importante de cegueira. Sim, Popeye tinha uma baita visão.

UM CONSELHO
Para quem não gosta do sabor in natura, que tem um toque amargo, ou não aprova a textura das folhas, que podem ser difíceis de mastigar, vale incluir o espinafre na receita de cremes, panquecas e massas. Outra sugestão é refogá-lo junto de cebola e alho, numa mistura que é rica em componentes protetores.

 Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Refrigerante zero traz mesmo risco de diabete do que o normal

Refrigerante e diabeteConsumir só 400 ml de bebidas adoçadas, diet ou ou zero por dia dobra o risco de desenvolver diabete.

 

Consumir menos de meio litro de bebidas açucaradas por dia é o suficiente para dobrar o risco de se desenvolver diabete, mostra um estudo publicado pela European Society of Endocrinology. E, ao contrário do que pode parecer, quem opta pelas versões diet ou zero não sai ileso a esse risco.

Os resultados foram obtidos após a análise dos hábitos alimentares de mais de 2 800 pessoas. A pesquisa mostra que a ingestão diária de 400 mililitros (ml) de produtos como refrigerantes ou néctares (refresco que não é composto exclusivamente por suco integral) aumenta em duas vezes o risco de diabete.

As versões adoçadas artificialmente, conhecidas como zero ou diet, apresentaram resultados semelhantes às convencionais. Segundo o estudo, tal relação pode ser explicada, entre outros fatores, por um efeito estimulante ao apetite provocado por elas. Ou seja, o sujeito compensaria a ingestão de uma bebida zero com refeições fartas na sequência.

Além do diabete tipo 2, a pesquisa analisou também uma variedade mais rara da doença, a LADA – que é autoimune, assim como a tipo 1, e geralmente ocorre em adultos. Nos dois casos, constatou-se o risco em dobro como consequência do consumo de duas doses diárias, cada uma de 200 ml.

Também foi analisada a ingestão de mais de um litro das bebidas por dia; nesse caso, o risco de desenvolver diabete tipo 2 chegou a ser dez vezes maior do que entre os que não consomem nenhuma quantidade. Por conta da baixa frequência com que esse hábito foi relatado, o estudo destaca que esse resultado é menos expressivo.

A relação do diabete tipo 2 com as bebidas açucaradas já tem sido evidenciada em trabalhos anteriores. Os riscos em relação à LADA, por outro lado, não são tão evidentes e foram o principal foco do estudo. Segundo os pesquisadores, ainda são necessárias novas investigações para avaliar o elo das bebidas com a LADA e, também, para esclarecer os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Vacina para rinite funciona mesmo

Vacina contra riniteEstudo brasileiro comprova que tratar o problema de fundo alérgico com imunizantes faz os sintomas darem trégua por um bom tempo.

Há 30 anos, o otorrinolaringologista Edmir Américo Lourenço, da Faculdade de Medicina de Jundiaí, no interior paulista, deu início à aplicação de vacinas terapêuticas feitas por ele mesmo em indivíduos com rinite alérgica. Chamada de imunoterapia, a técnica surtia efeitos impressionantes. Mas como provar sua eficácia? Em 2005, ele começou a recrutar pacientes e submetê-los a um protocolo-padrão, como mandam as boas práticas da ciência. Dez anos depois, os resultados demonstram o que Lourenço suspeitava: 79% dos voluntários viram as crises de espirro, coriza e coceira sumirem de vez.

Para o estudo, publicado no periódico International Archives of Otorhinolaryngology, o médico selecionou 281 pacientes entre 3 e 69 anos – além de rinite alérgica, alguns sofriam de asma. Primeiro, submeteu essa gente a um teste de pele que identifica a quais componentes o indivíduo é sensível. Foram testados ácaro, fungo, pelo de animais, pólen e penas. A partir dos laudos, o médico elaborou uma vacina para cada paciente. Está aí um conceito-chave da imunoterapia: o tratamento é personalizado, baseado em alérgenos específicos. “A ideia é dessensibilizar o paciente até ele ficar sem sintomas”, explica Lourenço.

Durante 14 meses, os voluntários receberam mais de 30 aplicações da vacina. As primeiras doses continham uma quantidade pequena dos alérgenos. A segunda, uma concentração média; a terceira, mais forte; e a quarta e última dose, extraforte. Os pacientes eram monitorados até 30 minutos após a picada – em caso de reação, os remédios podiam entrar em cena tranquilamente. Logo após as primeiras sessões, os pacientes relataram estar com o nariz desobstruído. Um ganho e tanto para quem vira e mexe se vê com a respiração travada.

Só tem um porém na história: o preço do procedimento. Alguns hospitais públicos até fornecem a imunoterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a maior oferta se encontra em clínicas particulares. “O tratamento chega a custar entre 6 mil e 12 mil reais por ano”, diz o otorrinolaringologista Olavo Mion, professor da Universidade de São Paulo. Na experiência de Lourenço, as aplicações duraram um ano e dois meses. Mas esse tempo pode se estender até cinco anos.

A imunoterapia que combate a rinite alérgica não é uma técnica nova. Pelo contrário: trata-se de um método centenário. Em 1911, o cientista inglês Leonard Noon (1877-1913) publicou o primeiro artigo defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas contra essa condição crônica – hoje, ela afeta quase um terço da população. “Mas desde 1835 havia relatos de que era uma alternativa promissora”, conta o médico José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Desde então, centenas de pesquisas fortaleceram as evidências de que expor o organismo a microdoses dos alergênicos é uma maneira eficiente de ensinar as próprias defesas a tolerá-los melhor. No final da década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou até a reconhecer a imunoterapia como único procedimento médico capaz de alterar o curso de uma doença alérgica.

Acontece que ela não é para todo mundo. Médicos costumam prescrevê-la a indivíduos que, durante uma crise, formam anticorpos de uma classe de proteínas batizada de imunoglobulina (famosa pela sigla IgE). Trata-se de uma das manifestações mais comuns da rinite, mas não a única. Além disso, as vacinas dão mais certo em quem é sensível a poucos alérgenos. “E os melhores resultados são contra os ácaros, uma das alergias mais frequentes”, completa Mion, também presidente da Academia Brasileira de Rinologia.

São tantos detalhes que, para ter sucesso no tratamento, o jeito é procurar um alergista com experiência na área – e que faça as aplicações em uma clínica ou hospital com estrutura para atender eventuais reações às doses. “Embora não haja relatos de mortes há mais de 30 anos, a imunoterapia pode ter consequências fatais”, alerta Perini.

Também é bom frisar que falar em sucesso não tem nada a ver com cura – essa ainda não existe. A grande sacada da imunoterapia é deixar o indivíduo livre de crises por bons anos depois do ciclo de injeções. “Os outros tratamentos contra a rinite duram o tempo de ação do medicamento. Se o indivíduo para de tomar, o efeito acaba”, esclarece o médico Edmir Lourenço. “Com a imunoterapia, a proteção se mantém”, assegura.

Ainda assim não dá para relaxar 100%. “Se você tem 3 milhões de anticorpos e vai para uma casa de praia úmida e suja e entra em contato com 5 milhões de ácaros, as crises vão voltar”, ilustra Lourenço. É como entrar em um campo de batalha com milhares de soldados a menos: as perspectivas não são nada favoráveis. Por isso, certos cuidados permanecem imprescindíveis após as vacinas. “Lave sempre o nariz com soro fisiológico, mantenha a casa limpa e evite entrar em contato com o causador da alergia”, exemplifica a imunologista Mariana Jobim, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Quando o receio é a agulha

As picadas frequentes fazem você torcer o nariz para a imunoterapia? Então escuta essa: uma versão sublingual não deve demorar muito para virar realidade. Em um trabalho americano publicado recentemente na revista Allergy & Asthma Proceedings, foram revisados experimentos feitos até hoje com as duas técnicas. E ambas se mostraram eficazes contra a rinite e a asma. “Mas a sublingual só funciona nas pessoas que seguem as prescrições médicas à risca”, observa Mariana. Isso porque o paciente tem que tomar religiosamente as doses no período indicado para desfrutar dos benefícios.

Fora o custo e as agulhas, tem a questão do tempo de acompanhamento: por ser longo, eleva o risco de desistência no meio do caminho. Mas os cientistas também estão pesquisando maneiras de resolver esse entrave. Entre as soluções estão emplastros contendo baixas doses de alérgenos e esquemas com número reduzido de injeções. Como se vê, a centenária imunoterapia ganhará novas roupagens. Sinal de que, atualmente, é a grande aposta para garantir um clima de paz entre o alérgico e seu nariz.

Diagnóstico mais preciso

Além do teste cutâneo que flagra os causadores de alergia e a dosagem do anticorpo IgE, os exames de sangue evoluíram muito nos últimos anos. Um deles, o 3gAllergy, da Siemens Healthineers, faz o diagnóstico em 65 minutos e tem alta sensibilidade para detectar múltiplos alérgenos. “Como seu resultado é quantitativo, serve também para avaliar se o tratamento está dando certo”, destaca Gisela Bozzo, gerente de produto da marca. Outra opção é o ISAC, sigla para Immuno Solid-phase Allergen Chip, que detecta reações contra 112 alérgenos de 51 fontes diferentes. É indicado para pessoas com suspeita de serem sensíveis a muitos fatores ao mesmo tempo.

Qual rinite é a sua?

Existem vários tipos do problema. Descubra qual o seu

Persistente
Dura ao menos de quatro dias a quatro semanas consecutivas. Facilita o desenvolvimento de resfriados, gripes e sinusite. Está mais associada a pelos de animais, ácaros e alimentos.

Intermitente
Manifesta-se por no máximo quatro dias ou menos de quatro semanas seguidas. É conhecida como rinite sazonal, porque costuma estar atrelada à mudança das estações. Por trás das crises geralmente estão mofo e pólen.

Leve
A crise é tão branda que não chega a afetar as atividades diárias ou o sono.

Moderada
Os sintomas começam a incomodar, abalando o repouso e a rotina.

Grave
As crises prejudicam seriamente o descanso e a qualidade de vida.

Os principais alérgenos

– Pólen
– Ácaros
– Fungos
– Pelos de animais
– Penas

Fonte: Revista saúde