quarta-feira, 31 de maio de 2017

Coma fibras para aplacar a artrose

fibras-contra-a-artroseAumentar o consumo desse nutriente aliviaria dores no joelho típicas desse problema, também conhecido como osteoartrite.

 

Muito se fala sobre as vantagens de uma dieta rica em fibras para o funcionamento do intestino. Mas uma revisão de dois estudos publicada recentemente no periódico científico Annals of the Rheumatic Diseases surpreendeu ao exaltar a substância, encontrada em frutas, hortaliças e cereais, em casos de osteoartrite — a popular artrose.

Antes de pular para as conclusões, cabe entender um pouco melhor a tal revisão. No primeiro artigo examinado, de 4051 voluntários escolhidos, 869 tiveram sintomas de osteoartrite no joelho, como dores e rigidez, e 152 apresentaram evidências da doença em exames anuais de raio-x. Outros 1 964 relataram mais dores na região ao fim do período de análise (quatro anos), embora isso não necessariamente firme o diagnóstico de artrose.

Já no segundo, 971 participantes foram selecionados. Depois de nove anos, 143 deles sofreram com os sintomas e 175 demonstraram alterações relacionadas ao problema nos testes de imagem.

Os integrantes de ambas as turmas tinham mais de 50 anos e, em média, consumiam de 15 a 19 gramas de fibras diariamente — em geral, recomenda-se 25 gramas. Acontece que aqueles que costumavam colocar mais aveia, leguminosas, mamão e companhia no cardápio eram de 30 a 61% menos propensos a reclamar de desconfortos no joelho provocados pela osteoartrite.

Atenção: não houve relação significativa com a prevenção da doença em si. Prática de atividade física, lesões e cirurgias no joelho, uso de medicamentos, tabagismo, alcoolismo e outros fatores de risco para essa condição foram considerados. E mesmo descartando todos esses hábitos, as fibras seguiram como um fator protetor.

Os responsáveis pelo levantamento não sabem exatamente como essa substância atua a favor das juntas. Aliás, como se trata de um estudo de observação, novas pesquisas precisam ser feitas para confirmar uma ligação de causa e efeito. Contudo, especula-se que o consumo de fibras, por oferecer uma série de benefícios à saúde (do controle da glicemia ao da pressão), no mínimo pode melhorar a qualidade de vida como um todo, o que ajudaria a amenizar os desconfortos. É esperar para ver.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 23 de maio de 2017

Exercícios cardiorrespiratórios contra a gordura no fígado

Corrida, ciclismo, natação e afins auxiliam na prevenção da esteatose hepática

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Especialistas continuam incansáveis na difusão das vantagens da atividade física. O achado da vez, publicado no periódico científico Medicine & Science in Sports & Exercise, afirma que qualquer exercício cardiorrespiratório ajuda a afastar a esteatose hepática, caracterizada por um acúmulo de gordura no fígado que pode levar a um câncer ou mesmo à falência do órgão.
 
Para chegar a essa conclusão, os experts analisaram informações médicas de 463 pessoas entre 30 e 47 anos. Aqueles que se saíram melhor no teste da bicicleta ergométrica — um indicativo de prática regular de atividade física — apresentaram, posteriormente, menores taxas de gordura no fígado em um exame de ultrassonografia. Simulação de corrida de bicicletas: Pista eletrônica para ginástica.

Tabagismo, alcoolismo e outros fatores de risco para a esteatose hepática foram considerados no estudo. Aliás, até mesmo os voluntários obesos tiraram proveito do benefício em questão. Mas vale reforçar: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada por semana.
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 16 de maio de 2017

Navegue nas redes sociais sem botar a saúde em risco

Cada vez mais conectados, encurtamos distâncias, ganhamos tempo e fazemos amigos. Mas, sem bom senso, já tem gente pagando um preço: o bem-estar.

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Imagine a cena: você está mergulhando nas Bahamas e, de repente, dá de cara com um tubarão. O que faria? Fugiria dali o mais depressa possível, ficaria imóvel para despistar o bicho ou tiraria uma foto dele para postar no Facebook? Parece piada, mas a história aconteceu com o jornalista Daniel Sieberg. Em vez de temer pela própria vida, o canadense de 45 anos lamentou não ter levado seu smartphone para registrar o encontro. De volta à terra firme, Sieberg começou a desconfiar de que algo estava errado.

Foi quando impôs a si mesmo uma rigorosa “dieta digital”, que culminou com oito meses desconectado das redes sociais. A experiência estimulou o jornalista a escrever The Digital Diet (“A Dieta Digital”, ainda inédito no Brasil) e a bolar um Índice de Massa Virtual para avaliar se o uso que as pessoas fazem da internet é saudável ou não. “Não dá mais para viver sem tecnologia. Mesmo assim, para não ter recaídas, tomo alguns cuidados: não levo o celular para o quarto, não atendo ligações na hora das refeições e, sempre que posso, privilegio o real em vez do virtual”, declara.

Sieberg está coberto de razão quando diz ser difícil escapar desse mundo movido a celular, tablet, computador e outros aparelhos. Segundo a consultoria Strategy Analytics, o número de indivíduos conectados a redes sociais em dezembro de 2015 bateu na casa dos 2,2 bilhões, algo em torno de 31% da população mundial. A campeã de usuários é o Facebook (1,4 bilhão), seguido de WhatsApp (1 bilhão) e Messenger (900 milhões). Por aqui, oito em cada dez internautas têm perfil na rede criada por Mark Zuckerberg. Os brasileiros estão entre os maiores aficionados de redes sociais do planeta. Somos 93,2 milhões de usuários ativos que gastam 650 horas por mês navegando nessas mídias.

E a saúde com isso?!

Ficar tempo demais nesse mar digital pode ser nocivo à saúde, como alertam novos estudos. O uso obsessivo de mídias sociais começa a ser associado a males físicos, como ganho de peso e problemas de coluna, e transtornos mentais, caso de ansiedade e depressão.

Uma pesquisa da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, indica que a overdose de Twitter, Instagram e Snapchat, entre outras, patrocina uma vida sedentária. Dos 353 estudantes que responderam a um questionário on-line sobre o tempo gasto nas redes e em exercícios físicos, 65% admitiram que não praticam tanto esporte quanto gostariam. “Se você está boa parte do dia nas mídias sociais, pode ter certeza de que outras atividades serão negligenciadas. No futuro, o preço a pagar será alto: obesidade, diabete e doenças cardiovasculares”, avisa a psicóloga e coordenadora do trabalho Wendy Cousins.

Os prejuízos de levar uma rotina exageradamente on-line são até mais imediatos na saúde mental. Quanto mais tempo ficamos conectados, maior o risco de desenvolver sintomas de depressão, constata um experimento da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para chegar a tal conclusão, a equipe do médico Brian Primack monitorou a vida digital de 1 800 internautas, entre homens e mulheres de 19 a 32 anos.

Em média, os voluntários gastavam 61 minutos por dia e acessavam as redes 30 vezes por semana. Entre o grupo que apresentou maior quantidade de acessos semanais, a probabilidade de sentir-se deprimido era três vezes maior. “As pessoas que passam muito tempo nas mídias sociais tendem a ser mais ansiosas e depressivas. Por ora não dá para estabelecer uma relação de causa e efeito, mas é preciso refletir: é o internauta quem usa as redes sociais ou são as redes sociais que usam os internautas?”, provoca Primack.

 

Quando a moderação sai de cena e as plataformas digitais são mal usadas, a vida escolar (e, mais tarde, a profissional) paga o pato. Jovens de 12 a 15 anos estão penando com o cansaço em sala de aula, de acordo com um estudo britânico com 900 estudantes. A investigação descobriu que um em cada cinco acorda durante a noite para checar e responder mensagens. No dia seguinte, adeus foco e atenção à lousa e aos livros. “Ainda não sabemos se os adolescentes acessam as redes sociais porque estão sem sono ou se perdem o sono por causa delas. Na dúvida, recomendo aos pais que, na hora de dormir, retirem tablets e smartphones do quarto dos filhos”, diz a educadora Sally Power, da Universidade de Cardiff, no País de Gales.

A psicóloga Ana Luiza Mano, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, explica que não existe idade ideal para os pais comprarem celular para os filhos ou liberarem acesso a algumas redes. Mas ressalva que as crianças tendem a seguir o modelo que têm em casa. “Cabe aos pais orientá-las sobre a melhor maneira e a frequência certa de utilização das mídias sociais”, propõe.

Vício por internet

O barco vira mesmo quando o acesso às redes sociais se torna compulsão. A psicóloga Kimberly Young, do Centro Médico Bradford, nos Estados Unidos, dá pistas sobre o vício: sentir-se cada vez mais com vontade de usar as mídias, conectar-se para livrar-se dos problemas, ficar triste ou incomodado quando não pode acessá-las e utilizar tanto que há repercussões negativas em seus relacionamentos.

“O primeiro passo para solucionar a compulsão é admitir sua existência. O segundo é reduzir drasticamente o tempo on-line. Em vez de se atualizar nas redes a cada minuto, proponho só duas vezes por dia”, diz Kimberly. Se o usuário desconfia que já perdeu o controle, tem de pedir apoio. “Na dúvida, vale procurar um psicólogo, que vai avaliar o caso e, se julgar necessário, também fazer o encaminhamento ao psiquiatra”, sugere a psicóloga Dora Góes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Mas, antes de sair por aí pensando em desativar os perfis no Face, Insta e cia., saiba que não é todo internauta que está na zona de risco da dependência digital. Para a maioria, a solução é assumir uma postura mais moderada e ativa nas redes. Quem assina embaixo é o psicólogo americano Ethan Kross, da Universidade de Michigan. Durante duas semanas, ele e sua equipe analisaram o comportamento de 84 universitários. Os voluntários foram orientados a usar o Facebook por dez minutos e, por meio de mensagens de texto por celular, responder o que estavam sentindo naquele momento. “Quanto mais passivos os usuários, mais tristes e invejosos eles são”, constata Kross. “Ao bisbilhotar a vida digital dos outros, essas pessoas tendem a achar que a delas é a mais desinteressante de todas”, analisa o estudioso.

A pesquisadora Hanna Krasnova, da Universidade de Potsdam, na Alemanha, concorda. Para evitar a famigerada depressão de Faceboook, recomenda aos usuários só compartilhar informações relevantes, interagir com os amigos virtuais e, em hipótese alguma, comparar sua vida à dos demais. “As redes sociais, por si só, não fazem bem ou mal. Tudo depende do uso que fazemos delas”, pondera. Evitar exageros e ter uma postura ativa, sem cair na hiperexposição, parece uma das formas de desfrutar melhor desse ambiente.

O lado bom da rede

Em 2014, uma campanha viralizou nas mídias sociais: o desafio do balde de gelo. Famosos e anônimos foram instigados a compartilhar vídeos do momento em que jogavam baldes de água gelada em si mesmos. O objetivo da brincadeira era arrecadar fundos para a ALS Association, entidade que representa portadores de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa, progressiva e incurável.

Em dois meses, a associação arrecadou o equivalente a 377 milhões de reais. Com a grana, financiou uma importante descoberta: a identificação de um novo gene, o NEK1, ligado à doença do astrônomo britânico Stephen Hawking. “Como em outras tecnologias, o potencial das redes sociais é ilimitado. No futuro, quero descobrir novas possibilidades de como elas podem melhorar a qualidade de vida de seus usuários”, adianta Brian Primack.

No Brasil, um exemplo bem-sucedido de iniciativa digital em prol da saúde é a parceria firmada entre o Facebook e o Centro de Valorização da Vida (CVV). Em junho do ano passado, lançaram uma ferramenta de prevenção do suicídio. Funciona assim: ao notar que um amigo postou um conteúdo que indica tendência à retirada da própria vida, o usuário pode denunciar a publicação.

Feito isso, quem postou vai receber uma mensagem oferecendo algumas opções de ajuda: enviar uma mensagem a alguém de confiança, conversar com um voluntário do CVV ou receber dicas do que fazer. “Nove em cada dez casos de suicídio podem ser evitados. Por essa razão, toda e qualquer iniciativa que estimula as pessoas a oferecer e a pedir ajuda é bem-vinda”, elogia Carlos Correia, porta-voz do CVV. Já caímos nas redes… Então que saibamos usá-las a nosso favor.

Perigo no volante

Sete em cada dez americanos usam smartphones enquanto dirigem. E cresce o número de gente que guia de olho nas redes sociais ou tirando fotos. “No Brasil, o celular já é o quarto fator de risco para acidentes. Só perde para excesso de velocidade, uso de álcool e drogas e fadiga ao volante”, conta Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.

Conectar-se ao que interessa

Conselhos para promover um uso saudável das redes sociais. Não esqueça a vida lá fora!

Tudo tem sua hora
Estipule horários para acessar as redes sociais. Pela manhã, à tarde e à noite, por exemplo. Para não cair em tentação, desative as notificações sonoras dos aplicativos no celular.

Atenção às pessoas
Deixe para usar o smartphone ou o tablet quando estiver sozinho. Na presença de amigos, familiares ou colegas de trabalho, dê atenção a eles. Se preciso, desligue o aparelho ou deixe-o sem som.

Aproveite o mundo real
Nos fins de semana, evite responder e-mails ou acessar as redes sociais. Dê preferência para atividades off-line como fazer trilha pelo mato, passear no parque ou ir à praia.

Curta o momento
Se estiver viajando ou assistindo a um show, deguste a experiência primeiro e só compartilhe com seus amigos depois. Não se sinta obrigado a expor sua vida a toda hora.

Foco, foco, foco…
Quando você tem algo importante a fazer, desconecte-se de tudo e concentre-se no que realmente importa. Acredite: você vai cumprir a tarefa em muito menos tempo.

Nada substitui
Procure recorrer às redes sociais apenas quando amigos e familiares morarem longe. Em vez de mensagens de texto, faça chamadas telefônicas e tente marcar encontros pessoalmente.

Qual é o seu Índice de Massa Virtual?

Criado pelo jornalista canadense Daniel Sieberg, ele dá uma ideia se você está passando dos limites. Responda a cada pergunta com um número e multiplique o resultado pelo valor indicado ao lado
1. Quantos smartphones você tem? x 3
2. De quantas redes sociais você faz parte? x 4
3. Quantos laptops você tem? x 1
4. Quantos dispositivos tipos tablet você possui? x 2
5. Quantos endereços de e-mail você tem? x 2
6. Quantos serviços de mensagem de texto e/ou chat você usa? x 5
7. De quantos jogos do tipo RPG (jogo de interpretação de personagem) você participa? x 7
8. Quantos computadores de mesa você tem? x 1
9. Quantas câmeras digitais você possui? x 1
10. Quantos outros eletrônicos que precisamde um carregador você usa? x 1
11. Em quantos blogs você escreve ou comenta com frequência? x 2

O resultado:

24 pontos ou menos
Você está dentro da média considerada adequada. O uso que você faz da internet e das redes sociais é saudável.

De 25 a 35 pontos
Fique atento! Ser mais comedido no uso das ferramentas virtuais pode ajudá-lo a viver melhor.

36 pontos ou mais
Você precisa de uma dieta virtual. Controlar o uso da internet e das redes sociais vai lhe trazer benefícios.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 2 de maio de 2017

Sedentarismo financia a doença de Alzheimer

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Seu impacto, aliás, é comparável ao de herdar genes ligados ao problema 

 
A maioria da população não possui defeitos no DNA que predispõem a essa demência. Porém, segundo estudo da Universidade McMaster, no Canadá, essa boa notícia pouco importa se você fica parado. Após avaliar 1 646 indivíduos, os cientistas notaram que o risco de ter Alzheimer é similar entre os sedentários e os donos de um genoma desfavorável. “Isso significa que, por meio da atividade física, podemos preservar a cognição”, indica a fisiologista Jennifer Heisz, líder da investigação.
 

O lado negativo

Infelizmente, voluntários com falhas no código genético não viram o risco de Alzheimer cair ao suarem a camisa. “Mas estudamos pessoas acima de 60 anos. Talvez adultos mais jovens com essas alterações se protejam ao fazer exercício”, sugere a autora do trabalho.
 
Fonte: Revista saúde